Na minha época de colégio, quando o mundo era dividido em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, lembro claramente que a Coréia, bem como o Brasil, pertenciam ao segundo grupo. No decorrer dos tempos, a Coréia passou a fazer parte do grupo então chamado Tigres Asiáticos. Hoje a Coréia é um país de primeiro mundo e nós continuamos em desenvolvimento.
Pode parecer algo muito complicado de se explicar, mas no entanto não é. Na verdade é bem simples. A palavra chave é investimento. Mas no Brasil não houve investimento? Lógico que houve, talvez até mais que na Coréia, mas na área errada. Enquanto na terra tupiniquim acreditava-se (e ainda se acredita) que fábrica é sinal de desenvolvimento, a Coréia passou a investir em conhecimento.
Rios de dinheiros foram direcionados para pesquisa e desenvolvimento, investiram em capital humano, em educação. Hoje a realidade é um salto impressionante na quantidade de artigos científicos publicados e na entrada de pedidos de patentes em órgãos do mundo todo. Fui testemunha ocular do reflexo dessas ações. Fui testemunha ocular do estado desenvolvido de uma nação.
A Coréia conseguiu atingir esse desenvolvimento preservando toda as suas raízes culturais. Do ponto de vista social é muito mais desenvolvida do que muito país europeu. Não se vê pobreza, não há problema com violência, transporte público de qualidade, povo bem educado e dinheiro, muito dinheiro...
Mas como podemos investir em conhecimento se nosso líder máximo é uma referência de ignorância. Quando um líder sindical vai privilegiar conhecimento em detrimento a fábricas? Seremos sempre quintal dos outros. Seremos sempre uma Malásia, uma China sub-desenvolvidas. E seremos felizes assim :-)
2 comentários:
Vou migrar para a Coreia, porra tu falou tão bem!
Cara, o lance da Coréia foi uma tacada de mestre, um tanto maquiavélica.
O governo pegou a grana dos investidores externos (leia-se USA) e aparelhou um novo sistema educacional. Somente os joves de 5 anos de aidade poderiam ingressar no novo sistema. Ou seja, o sistema educacional novo foi só para a nova geração, o resto que se danasse no sistema velho. o fato é que deu certo. Em 15 anos o país estava "limpo" educacionalmente.
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