quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Indecência

E eis que surge mais um escândalo no governo do PT. A ministra Matilde Ribeiro, responsável pela secretaria especial de política de promoção da igualdade social, gastou mais de 171 mil reais em seu cartão corporativo no ano passado. Entre os gastos estão compras em free shopping e cervejarias.

Com a maior cara de pau do mundo, ela justificou que usou por engano o cartão e que já teria devolvido o dinheiro das compras indevidas. Diante de tantos escândalos anteriores e negadas até o fim por outros petistas, fica difícil acreditar em mais uma história da carochinha.

Além disso, foi noticiado que já este ano, a mesma ministra teria gastos de 15 mil reais. Boa parte com aluguéis de carro em São Paulo. Segundo a própria, o aluguel foi gasto para que fossem feitos deslocamentos pela cidade. Mas de acordo com sua agenda, não havia compromissos na cidade durante esse período. Como eu gostaria de acreditar que a agenda da ministra anda desatualizada.

A indecência está institucionalizada em Brasília. A corja do PT meteu a mão na grana e acha que o dinheiro é deles. E o povo? Que povo?

É por essas e outras que quando houve o corte da cpmf, o governo entrou em desespero. Cortes nos gastos públicos nem foram cogitados. Sem a grana da cpmf, como vão pagar os respectivos cartões de crédito corporativo?

Reparem que estou questionando o uso do cartão de crédito de forma indevida. Nem entrei no mérito da função da secretaria existente. Para que serve? Isso seria assunto para outro debate...

Pensando bem, o que me resta nesse momento é tentar usar a meu favor a grana que pago em impostos. Quem sabe eu não consiga um cartão de crédito corporativo do governo também. Alguém, por acaso, tem algum amigo ministro que possa me ajudar?

As praias de Pipa

Pipa, ao sul de Natal, é distrito de Tibaú do Sul. Sua fama vem das praias e do clima despojado. Outrora terra de hippies, hoje é recando da classe média alta do Rio Grande do Norte e de outros turistas do resto do Brasil.

Existem várias praias por lá, mas basicamente há 4 mais famosas: Praia do Centro, Baía dos Golfinhos, Praia do Madeiro e Praia do Amor. Durante o tempo em que estivemos lá, tivemos a oportunidade de visitar todas elas.

A Praia do Centro é a de mais fácil acesso e fica logo em frente à cidade (já falei dela anteriormente). A Praia do Amor fica ao sul e tem bastante movimento de um lado, com suas barracas e espreguiçadeiras, e praticamente deserta do outro.


As praias do norte são as mais legais. Menos estrutura e mais vazias. No primeiro dia fomos à Baía dos Golfinhos. É uma praia de difícil acesso, com uma caminhada longa pelas pedras, com o mar de um lado e as falésias do outro. Dependendo da maré, a caminhada pode ficar ainda mais complicada, já que a faixa de pedras se torna bem menor.

Chegando lá, fica-se impressionado com a quantidade de golfinhos que vivem no local. É muito avistar os bichos. A única coisa ruim é que chegam muitos barcos de passeio com turistas, o que acaba os espantando.

O difícil acesso, além de tornar a praia deserta, faz com que não haja estrutura. Por isso, tínhamos que procurar sombras para poder ficarmos instalados.





A Praia do Madeiro é outro recanto dos golfinhos. Seu acesso é mais fácil, feito através de escadas pelas falésias. Isso faz com que fique mais cheia. Mas isso perto dos bares. Se você caminha um pouco mais para o norte, consegue ficar isolado. O grande número de coqueiros propicia boas sombras para ficar deitado curtindo o visual.


Tomei um pequeno susto nessa praia. Estava na água quando vi ao meu lado uma barbatana cinza. As chances de serem um golfinho eram enormes, mas preferi não arriscar e saí rapidamente do mar :-)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Chegando em Pipa

Conforme a viagem progredia, mais ansioso a gente ficava para conhecer novos lugares. Chegamos em Pipa com muito gás, porém com pouco tempo para aproveitar o dia. A viagem entre Natal e Pipa, apesar da pouca distância (80km), é um pouco demorada. Chegamos por volta das 16hs e como o sol nasce e se põe muito cedo nessa região durante o verão, tivemos pouquíssimo tempo para aproveitar o final do dia.

Corremos até a Pousada Gameleira, onde o Leonardo, dono do estabelecimento, nos recebeu muito bem. Durante todo o planejamento da viagem, quando ainda estávamos em Manaus, ele foi super gente fina e deu várias dicas por telefone sobre toda a região. Além disso, quando chegamos lá, ele colocou a gente em várias boas e fez com que não perdêssemos tempo com furadas.

Largamos nossas coisas e nos mandamos para a praia do centro, de onde subiríamos um morro para ver o pôr do sol.

A praia do centro é bem legal e varia de estilo conforme a maré. Na maré baixa, muitas pedras ficam de fora, formando algumas piscinas naturais e o canal fica seco. Mas quando a maré sobe, as pedras desaparecem e o canal enche e cria um visual ainda mais deslumbrante.

Com a maré baixa


O canal cheio

Do alto do morro, curtimos nosso 1a dia em Pipa com um pôr do sol bem legal. Outros ainda estariam por vir...

Genipabu

Ainda tínhamos esperanças de conseguir ir para Genipabu, ao norte de Natal. Mas a cidade estava tão cheia que, além de não conseguir encontrar restaurantes sem fila, também não conseguimos encontrar buggies disponíveis e tão pouco carros para alugar. A saída foi apelar para o bom e velho táxi.

Fechamos um preço com um taxista que nos levaria até as famosas dunas e depois nos deixaria na rodoviária, onde iríamos pegar um ônibus para Pipa, nosso próximo destino.

O taxista foi bem simpático e foi nos apresentando todas as praias de Natal ao norte de Ponta Negra. Demos uma rápida parada no forte dos 3 reis magos mas não entramos e nem conseguimos um bom ângulo para fotos (o melhor lugar para ver a construção seria do meio da ponte nova, mas o taxista falou que é proibido parar lá para fotos).

Depois de algum tempo chegamos a Genipabu. Corremos para ver as dunas e fazer sandboard. A praia é muito bonita, com um mar azul de um lado e dunas altíssimas de outro.


Do alto das dunas, a visão é melhor ainda. E é lá que fazemos o famoso sandboard local.




Para uma melhor idéia do tamanho das dunas, coloquei a foto abaixo:


A única coisa inusitada em Genipabu é um estranhíssimo passeio de dromedálio. Por conta das dunas, quando estamos de costas para o mar temos a impressão que estamos em um deserto. Daí, algumas pessoas tiveram a brilhante idéia de fazer passeios usando esses bichos africanos. Não pude deixar de registrar através de uma foto.


Como teríamos que pegar um ônibus por volta das 14hs para Pipa, saímos de Genipabu por volta do meio dia. Foi uma pena, porque sem dúvida, é um lugar lindo, talvez o melhor nas cercanias de Natal e vale a pena passar um dia inteiro vendo e aproveitando toda a beleza do local.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

WO e cajueiro

Dormimos cedo na noite de reveillón por conta do passeio de buggie para Genipabu no dia 1o. Tínhamos marcado com o buggeiro às 8:30 na pousada. 8:40, 8:50, 9:00 e nada... resolvi ligar para o cara. O passeio havia sido cancelado porque o outro casal que iria com a gente não apareceu. Ficamos a ver navios. Ainda tentamos conseguir outro, mas não havia muitos trabalhando por conta do ano novo.

Tivemos que mudar rapidamente os planos e decidimos conhecer as praias ao sul de Natal. Fomos informados no albergue que existia um ônibus que nos levaria até onde queríamos. Depois de alguma espera no ponto, conseguimos pegá-lo. Iríamos até o ponto final. Rodamos bastante, passamos em frente à Barreira do Inferno, e tivemos belas vistas de praias que visitaríamos no caminho de volta.

Ao chegar no ponto final, andamos cerca de 1km e encontramos a Lagoa de Arituba.

Depois de um mergulho refrescante, andamos até a praia de Tabatinga e, caminhando (muito!!!) pela areia, subimos até Búzios, onde almoçamos com uma bela vista.

Tabatinga

Búzios

De lá, depois de perder e esperar muito pelo próximo ônibus, chegamos a Pirangi, onde está localizado o maior cajueiro do mundo. A história do cajueiro é bem famosa, então vou deixar apenas uma foto.

Depois fomos dar uma olhada na praia local. Uma decepção total. Praia imunda, povo porco. Reclamamos um pouco enquanto tomávamos uma água de coco e nos mandamos de volta para o albergue para uma descansada. Afinal o dia foi bem puxado. Pena que o ônibus de volta estava muito lotado. Era voltar amarrotado ou ficar esperando pelo menos 1/2 hora pelo próximo...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Reveillón em Natal

Depois de passar alguns dias em São Lourenço, voltamos ao Rio onde ficamos até dia 31 curtindo o sol, a praia do Leblon,a família e um punhado de amigos. A temporada carioca estava encerrada. Teríamos um vôo para Natal às 9:00 da manhã. A idéia seria passar o Reveillón lá.

O plano inicial era passar o ano novo em Pipa, mas como os preços estavam muito salgados, tivemos que ficar um tempo em Natal e depois, com preços mais baixos após o feriado, seguir o caminho até nosso destino.

Depois de um vôo tranqüilo e um pouso aterrorizante por conta de uma desistabilização do avião a alguns metros do solo, chegamos a Natal. O céu azul do nordeste nos recebia de braços abertos.

Do aeroporto pegamos um táxi e seguimos até o albergue em que tínhamos reserva. O taxista propôs um preço fixo, mas acho que demos bobeira. O albergue não era tão longe assim. Sem problemas, o prejuízo foi de no máximo de 5 reais.

O Albergue da Costa fica na praia de Ponta Negra e foi indicado pelo pessoal da pousada em que ficaríamos em Pipa. Chegando lá, nosso quarto estava ocupado, por isso largamos as mochilas e fomos procurar alguma coisa para comer.

Procuramos por um peixe e só encontramos restaurantes cheios. O jeito foi comer num quiosque em uma feira de artesanatos. A comida não estava lá essas coisas e os preços não eram muito convidativos também.

Já almoçados, voltamos para o albergue, fomos para o quarto com a bagagem, colocamos roupa de banho e nos mandamos para a praia, logo em frente de onde estávamos.

A praia de Ponta Negra é a mais badalada de Natal. Uma bela praia de águas quentes, com bastante turista e uma bela orla. Na ponta direita fica o Morro do Careca, de acesso proibido, mas que já foi um local de sandboard.

Por estar mais ao leste que o Rio, por não ter horário de verão e pelos prédios altos da orla, o sol se pôs rapidamente. Ainda demos uma volta pela orla e fechamos um passeio de buggie para Genipabu no dia seguinte.

Era hora de voltar para o albergue e se preparar para as comemorações da virada do ano. O local escolhido foi a própria praia de Ponta Negra.

Saímos do albergue por volta de onze horas e nos misturamos ao povo na praia. Fogos, champagne, aquela coisa toda... Não ficamos muito tempo lá. Tínhamos um passeio cedo na manhã seguinte. Dormir era preciso.

Plano de vôo

Nosso plano era passar 15 dias no nordeste. Durante esse tempo chegaríamos por Natal e iríamos descendo até chegar em Jacumã, na Paraíba.

De forma reduzida, o itinerário seria Natal - Pipa - Jacumã (que serviria de base para todos os passeios na Paraíba).

Depois voltaríamos para Natal de onde sairia nosso vôo para Manaus. Agora começam as histórias...

Histórias das Férias

Estou meio preguiçoso ultimamente. Na verdade sempre fui, agora não está sendo diferente. A única coisa que mudou é que tenho atualizado pouco isso aqui por conta da famigerada lezeira baré.

Tenho muita coisa para mostrar das férias e nem comecei ainda. Vou tentar dar o pontapé inicial agora.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Desaceleração do PAC

Durante minhas férias, assisti na TV que o governo vai desacelerar o PAC. Para aqueles que não estão muito familiarizados, o PAC é o Programa de Aceleração do Crescimento, criado por este governo para desenvolver a infra-estrutura e aumentar as obras sociais com o intuito de desenvolver mais rapidamente o país.

O motivo da desaceleração? O fim da CPMF. Com a redução de orçamento para 2008, o governo, além de criar novos impostos, optou por cortar gastos nas áreas de interesse de todos. Definitivamente esse país não é sério.

Ninguém falou em cortar na própria carne. Redução de gastos públicos não foi comentado. Melhora da gestão pública tão pouco. A solução genial encontrada foi desacelerar o PAC.

Seria cômico se não fosse trágico...

Ignorância eleitoral

Andou sendo publicado nos últimos dias que a maior parte do eleitorado brasileiro não sabe ler. Esse fato não me impressiona. No dia a dia já é possível perceber isso. Isso é apenas mais um dos sinais do total despreparo cultural e intelectual do nosso povo. É nesse ponto que me surge a pergunta: pessoas assim estão preparadas para votar?

Desde pequeno, sempre acreditei na democracia. Mas hoje, minha filosofia pequeno-burguesa está sendo prejudicada por conta do regime democrata que rege esse país. Por isso, passo a me questionar se vale a pena vivermos dessa forma.

Por favor, não entendam que estou fazendo um discurso a favor da ditadura. Minha idéia é algo diferente. Será que pessoas sem informação são capazes de escolher os melhores governates? Eu duvido piamente.

O voto no Brasil sempre foi usado para favorecimento pessoal. Basta lembrar dos milhões de miseráveis que trocaram seus votos na última eleição por uma bolsa esmola. O lema do "ensinar a pescar" do governo atual, usado na 1a campanha, nunca emplacou. Como cantaria Renato Russo e com total concordância da turma do mensalão: "Vamos celebrar o voto dos analfabetos".

Sem querer entrar na discussão da obrigatoriedade do voto, minha posição é que só aqueles que têm capacidade de entender a realidade do país deveriam votar. Sei que é utópico, sei que é impraticável, mas seria o ideal. Já que não é possível, deveríamos exigir uma escolaridade mínima para a pessoa se tornar eleitor. Logicamente, no Brasil isso seria pouco razoável, já que a formação educacional pública é, em geral, deficiente. Há casos em que pessoas com 1o grau continuam analfabetas (ainda mais agora com o fim da repetência).

Mas não é só o eleitor que deveria comprovar algum tipo de qualificação. O mesmo deveria ser utilizado para os candidatos, logicamente num nível mais profundo. Exigir mais dos possíveis governantes do país. Apenas para citar o maior dos exemplos, temos um presidente que sequer domina a língua do próprio país que governa.

Como alguém que não conhece as leis quer criar outras novas ou modificar as existentes? Como alguém que não sabe o que é administrar quer governar milhões? Como alguém que não sabe matemática quer mexer na economia? Por mais que se cerque de pessoas capacitadas, sem o mínimo de entendimento, não é possível discernir se o que está sendo feito faz sentido ou não.

Infelizmente, no Brasil é "bonito" uma pessoa sem acesso à educação vencer na vida. Sempre surgem como exemplos vivos, a fim de dar esperança à imensa massa de miseráveis. Aqui não é vexatório ser ignorante. Basta ver nosso presidente no caso dos mensalões. Prefiriu se passar por enganado do que ser qualificado como corrupto.

Em suma, hoje somos governados por uma turma de oportunistas e corruptos, eleitos pelo votos dos miseráveis em troca de um prato de comida. E assim o problema continuará, enquanto sua causa não for atacada.

Eu, como pequeno-burguês, quero parar de sustentar essa miséria e essa corrupção. Quero que meus impostos sejam usados para fins mais nobres e para que o país se desenvolva. Não quero ficar dando esmola para analfabeto.

De volta

Estive fora por bastante tempo. Agora estou de volta com muitas histórias e alguns pensamentos. Vou tentar aos poucos colocar os assuntos em dia.