sexta-feira, 22 de abril de 2011

Corrida da Ponte

Para muitos, essa era a corrida mais esperada do ano. Eu estava ansioso mas devo confessar que a minha prova favorita é a meia-maratona que sai do Pepê. De qualquer maneira, atravessar a ponte correndo me parecia uma ideia bastante interessante.

Na 6a feira, fui até o MAM pegar o kit da prova. É nesse momento que a adrenalina começa a aumentar. Você percebe que está participando de um evento que é para poucos. O sábado foi dedicado ao descanso, à hidratação e à ingestão de carboidratos. Dia de dormir cedo. De noite, preparei meu uniforme e tentei ir logo para cama, afinal de contas, no dia seguinte estaria de pé às 5:30 da matina.

O comentário de alguns amigos era: "chegar à 8 em Niterói é o maior desafio". Também pensava assim, até me deparar com o sol que nos esperava naquele dia. Peguei um táxi rumo à Praça XV. Lá, as barcas estavam tomadas por corredores ávidos pela travessia. É legal poder participar da festa.

Cheguei em Niterói próximo das 7hs. Tinha tempo suficiente para me arrumar, encontrar os amigos e me concentrar. Eu tenho um costume peculiar em qualquer prova dessas, seja de 4km, seja meia-maratona. Eu prefiro me trocar no local da largada. Chego sempre de bermuda e chinelo e depois que coloco o tênis, o short e a camiseta da corrida (normalmente é sempre a mesma). Acho que isso faz parte da minha preparação psicológica.

Fiquei procurando alguns amigos e por isso não me posicionei para largar na frente. Entrei no fim do bolo. Acabou que não encontrei ninguém e larguei no final. Para meu espanto, a largada foi muito tranquila. E consegui correr o Km 1 no ritmo que esperava.

Apesar do pouco treino, achava que era possível correr a prova em 1h50', ou seja, algo próximo de uma média de 5'15'' por Km.

A subida do vão central era o grande temor da prova. Mais adianta vimos que isso foi apenas um mito. Até o Km 11 estava indo no ritmo planejado (fechei os 10Km em 53'30'', apenas 1 minuto acima da média desejada. Levando em consideração que já havia atravessado o vão central, isso estava bem razoável).

Mas foi no final da descida que percebi que a coisa começaria a degringolar. A largada às 8hs foi sob um céu azul e um sol que prometia vir quente. No final da descida, já eram 9hs e a promessa do sol quente virou um maçarico sobre nossas cabeças. Comecei a fazer muita força para continuar mas o ritmo já não era o mesmo. Veio uma sede incomum e os postos de hidratação pareciam cada vez mais distantes. No Km 12, vi o Tande se arrastando e o meu psicológico estava cada vez pior. Procurava alguma sombra e só encontrava mais sol. O tão temido vento da ponte não apareceu. O sol estava egoísta e não queria concorrência.

Mais alguns metros à frente não aguentei mais e precisei andar. Isso foi a quebra de um mito para mim. Desde que comecei a participar de provas de rua, jamais tinha andado, independente da minha preparação ou da distância. Mas agora era questão de vida ou morte (quase que literalmente).

A partir daí passei a alternar caminhadas com pequenos trotes e assim cheguei à Perimetral (AKA "Perinfernal"). Foi lá que a coisa piorou para todos. Como li em outro blog, "na Ponte tinha mais gente andando do que correndo e na Perimetral tinha mais gente passando mal do que andando". Não sou dos mais experientes mas nunca tinha visto tanta gente desabando. Era questão de sorte ou azar uma pessoa desmaiar do seu lado e você ter que parar de correr para socorrer um colega. Aqueles que não aguentavam eram arrastados para o canto da mureta central, único lugar com alguma sombra. Em alguns momentos eu mudava meu relógio para o modo "horário", esquecia meu tempo e via que horas eram. Não acreditava que estava correndo às 10 da manhã sob aquela lua.

No Km 19, me recuperei um pouco e consegui subir meu ritmo (a essa altura o tempo já não importava mais, era questão de honra). Só nos últimos 400 metros que avistamos os primeiros torcedores e a motivação aumentou. Como faz falta correr provas longas sem o pessoal assistindo e te empurrando com gritos de incentivo.

2h15'16'' depois, cruzei a linha de chegada. Desapontado demais com o tempo mas resignado por ter completado a prova. Me restou apenas aplaudir a mim mesmo e prometer que nunca mais cometeria uma loucura como aquela.

Agora, passado alguns dias, já lembro com saudades da prova. Se ano que vem mudarem a largada para às 7hs, quem sabe eu participe novamente. O próximo desafio agora é minha prova favorita. Vamos ver se me preparo melhor dessa vez.

domingo, 10 de abril de 2011

Chegando lá

Ainda não foi dessa vez que consegui chegar aos 22'30'' nos 5km, mas hoje cheguei um pouco mais perto. Na Ecorrida, corrida de revezamento que costumo participar todos os anos, consegui cravar 22'53''. É a primeira vez que corro abaixo dos 23 minutos. Então estou chegando lá.

Talvez a sinusite durante toda a semana tenha atrapalhado um pouco, mas de qualquer forma já não vinha treinando tanto.

Na semana que vem tem a corrida da Ponte. Que venham os 21,4km...

Rio Rock City

Posso dizer que fui afortunado nos últimos 10 dias. Não é sempre que se tem na sequência Iron Maiden, Slash e Ozzy Osbourne tocando para você.

Não vou entrar em avaliações técnicas, isso quem gosta e faz bem é o Ogro, eu vou me ater às minhas percepções e sentimento ao que vi.

O show do Iron foi inusitado. Não é sempre que um show é interrompido na primeira música e adiado para o dia seguinte por causa de uma grade de proteção do palco que arrebentou. 

Na verdade, nem estava muito empolgado para ir. Afinal, depois do show só com clássicos que fizeram na Apoteose há uns 2 anos, seria pouco provável fazer outro melhor, ainda mais querendo divulgar disco novo. Mas fui, para não quebrar a tradição e encontrar os amigos.

Como previsto, a apresentação foi morna, seja pela seleção das músicas, seja pela forma burocrática como tocaram ou seja pela não compensação musical pelo adiamento. Todo mundo esperou um algo mais que não veio.

Já no show do Slash, experimentei uma sensação muito parecida com o show do Kiss. Estar diante de um dos seus heróis de infância é uma grande experiência. Pena que o som do Vivo Rio é/estava uma porcaria. De qualquer maneira, parafraseando Jamari Franca, o cara é um guitar heroe ao estilo dos anos 70.

E por último o Madman. Crazy! That's what we got!

Ozzy tocou apenas uma música nova e o resto foi um desfile de clássicos (de sua carreira solo e também do Black Sabbath), muitos baldes e jatos de espuma. Showzaco!!! This is what rock 'n roll is all about, baby.

Como disse o Roney ao fim do show: "vou quebrar meu cartão do Rock in Rio" (apesar de eu ainda não ter comprado o meu).

Que venha Sir Paul.



De Volta

Terminada a visita ao Pantanal, retornamos para Campo Grande para pegar o voo, mas antes fomos no Mercado Municipal e provamos o tradicional sobá, um yakisoba turbinado.

E assim terminava nossa viagem...

Pantanal

O Pantanal Sul é uma região já bastante manejada pelo homem. Boa parte da flora já não é original mas a consciência ecológica (e econômica/turística) está mudando isso.

A Fazenda São Francisco, além do turismo, vive da plantação de arroz e da criação de gado. O sentimento é de se estar no Pantanal por causa da fauna, mas a flora e as paisagens são bem diferentes daquelas que estamos acostumados a ver na TV.

Para o turista, o grande atrativo são os bichos. E esses existem aos montes. Foram 2 dias vendo tudo quanto tipo de animal (menos onça, um prêmio de muita sorte).

No primeiro dia fizemos um passeio pelo Rio Miranda, de noite saímos para fazer focagem e no dia seguinte um passeio para ver a vida diurna do local. O ponto alto foi ter um biólogo como guia do nosso passeio. As informações foram muito mais ricas e educativas.



















Partindo para o Pantanal

Acordamos cedo para pegar a estrada. Íamos para uma fazenda na cidade de Miranda. Tudo tranquilo se boa parte da estrada não fosse de terra e se não tivesse chovido muito na véspera. Entre lamaçais e atoleiros, por alguns momentos virava passageiro no carro que dirigia.

Tamanha era a lama que tivemos que esperar dois caminhões atolados na saída de uma ponte serem rebocados.



No fim, tudo deu certo e chegamos na fazenda São Francisco, local de nossa estadia no Pantanal.

Bichos de Bonito

Siriema

Gavião 

Emas 

 Gavião

Tamanduá Bandeira 

Tucanos 

Coruja

E assim foi Bonito...

Terminado o passeio do Aquário Natural, era hora de voltar para a pousada e arrumar as malas para partir para o Pantanal Sul na manhã seguinte.

Bonito é muito organizado, não se faz nenhum dos passeios sem guia e as flutuações são o ponto alto. A quantidade de animais que avistamos foi infindável e valeu pela experiência, minha primeira viagem ao Centro-Oeste.

Aquário Natural

Depois da Gruta Azul, fomos ao Aquário Natural, nossa última flutuação em Bonito. Depois das outras duas que fizemos, essa poderíamos ter pulado... mas só se descobre isso depois que se conhece o local.

Vimos alguns peixes, alguns bichos criados na propriedade e mais nada...

Foi o único que tiramos fotos subaquáticas (com uma máquina alugada).



Gruta do Lago Azul

Depois de dias mergulhando, fazendo trilhas e tomando banho de cachoeira, resolvemos fazer um programa mais tranquilo. Fomos para a Gruta do Lago Azul. É um passeio legal e um lugar bem bonito.

Confiram:




As Cachoeiras de Bonito

No dia seguinte, partimos para um passeio nas cachoeiras de Bonito. Outro passeio muito legal. A trilha é bem tranquila e os banhos de cachoeira são sensacionais.









Ahhhh... esqueci de comentar um detalhe da trilha "tranquila": no final tinha uma escadaria de 866 degraus que nos levou de volta ao local onde estava o carro.

O Melhor de Bonito

No dia seguinte ao Rio Sucuri e ao Balneário Municipal, fomos para o Rio da Prata, o ponto alto de Bonito. A flutuação é muito mais longa e a água muito mais quente.

Vimos vários tipos de peixes diferentes, destaque para o Dourado, o tubarão dos rios como o chama o povo do Pantanal. Já no final, avistamos alguns pacus e fizemos um mergulho numa das nascentes, conhecida como Vulcão.

No caminho de volta para a caminhonete que nos deixou no rio, flagramos um casal de lontras brincando na água.

Não temos fotos do passeio  mas com certeza é um "must go" de Bonito. Além da água cristalina, é o rio com mair quantidade de peixe.