domingo, 18 de dezembro de 2011

Rei do Mar

Semana passada nadei minha primeira prova em Copacabana. O objetivo em nadar estas provas é pegar bagagem para fazer as provas de triatlo que terei pela frente, com o objetivo final do Iron Man em 2013. No Iron, terei que nadar 3,8Km. Apesar da distância ser assustadora, é a etapa mais fácil da prova, correspondendo a cerca de 10% do desafio.

A primeira travessia que fiz foi a das Tijuquinhas na Barra. Foram 4Km pesados, um pouco além do que estou preparado, por isso, resolvi dar um passo para trás e nadar distâncias menores por enquanto.

O Rei do Mar tem várias opções de distância (1Km, 2Km, 4Km e biathlon). De forma conservadora, optei pelos 2Km, ainda mais porque a última vez que nadei foi na travessia das Tijuquinhas... Ou seja, treino 0.

O bom de provas em Copa é que são do lado de casa e não preciso acordar tão cedo, vou a pé e chego rápido em casa. De qualquer maneira, acordar antes das 7hs num sábado é sempre um desafio. Além disso, o tempo não anda dos melhores aqui no Rio e a temperatura estava baixa.

Próximo hora da largada das provas de 2Km e 4Km, os organizadores anunciaram que por causa da temperatura da água (17 graus), as distâncias seriam encurtadas para 1,5Km e 3Km respectivamente. Como nado normalmente de roupa completa de borracha, a temperatura me atrapalha pouco (tirando os primeiros 30 segundos quando a água entra pela roupa).

Na fase atual,  ando calculando fazer cada Km em 20 minutos, então meu novo objetivo para esta prova passou a ser completar em 30 minutos.

Largada dada, foi braçada atrás de braçada.

Ainda tenho um pouco de dificuldade para me orientar no mar e acertar as bóias. Dessa vez, passei muito aberto da penúltima bóia e perdi um pouco de tempo.

No final o resultado foi satisfatório: dos 225 que largaram, fui o 38o com o tempo de 30'14". Na categoria, fiquei em 10o, num total de 48. Melhorei minha posição em relação ao desafio dos bravos muito mais em função do nível dos outros competidores do que de qualquer outra coisa. De qualquer maneira, valeu como um bom treinamento.

Aproveito e coloco algumas fotos aqui:





domingo, 6 de novembro de 2011

Bravos Tijuquinha

Dando seguimento ao meu plano Iron Man 2013, antecipei um pouco as coisas e resolvi nadar minha primeira travessia, a Bravo Tijuquinhas, prova de 4Km na Barra da Tijuca. Os preparativos foram poucos, treinei algumas vezes, chegando a uma distância máxima de aproximadamente de 2,8Km. Deveria ter treinado mais mas não tive muito tempo e resolvi ir assim mesmo.

A largada foi marcada para as 9:15 da manhã na praia do Pepê na Barra. O objetivo era ir até as ilhas Tijuquinhas, passar por dentro do canion e voltar.


Seria um ótimo passeio se não fosse meu espírito de competição. Poderia ter curtido a vista da Pedra da Gávea de um ângulo que pouca gente viu, ver Ipanema e o Dois Irmãos pelo outro lado, mas não tive muito tempo. O objetivo era voltar logo.

Chegar até a ilha foi complicado porque o balizamento da prova estava ruim mas o pior de tudo era nadar contra a correnteza que empurrava em direção à praia. Passar pelo canion foi outro desafio, já que o efeito da maré jogava os nadadores de um lado para o outro de acordo com a entrada e a saída da água pela passagem.

A volta foi mais tranquila porque neste sentido fomos favorecidos pelos pela correnteza. O susto foi na chegada, com um mar de 1 metro, tomei uma série na cabeça e pedi ajuda para um dos guarda-vidas da prova que estava ao meu lado em um long board. Depois de levar duas na cabeça, esperei o restante da série agarrado na prancha. Preciso confessar que depois de nadar 4Km, não estava preparado para sair da água num mar tão grande. Mas no final, deu tudo certo.

O resultado foi fraco, 1h26'47". Fiquei em 8o na minha categoria (total de 12) e em 61o do geral (total de 100). O lado positivo é que isso vai me fazer treinar mais para as próximas provas já agendadas: Rei do Mar (2Km no dia 11/10) e Bravos Diabo (3Km uma semana depois).

Aproveito e coloco algumas fotos abaixo:







 





sábado, 15 de outubro de 2011

Deus mostrando Blues direto da fonte

Esta semana vi deus pela 2a vez. Foi para poucos, valeu muito a pena e melhor que a primeira. Empunhando sua Stratocaster, foram 16 músicas que fizeram as quase 2 horas de show parecerem apenas 15 minutos.

Na sua primeira aparição no Rio em 91, eu era muito novo e ainda não era devoto. Pelos relatos, foi um showzaço de puro rock 'n roll. Em 2001, na segunda apresentação, Clapton quis tocar vendo o Cristo e foi a única vez na Apoteose em que o palco ficou virado na direção do Corcovado. Na época, Eric tinha lançado um disco mais soft, voltado para o pop. Por causa disso, fez um show morno (diria até um pouco decepcionante) para quem queria ver deus em ação, fazendo o que sabe fazer de melhor.

Já neste último espetáculo, Clapton foi beber na fonte e usou sua Strato para destilar o melhor do blues para aqueles que se dispuseram a desembolsar uma nota preta e despencar para o distante HSBC Hall. Interagindo pouco com o público, tudo que queria dizer, disse com a guitarra nas mãos. Um dos melhores shows que já fui, ouvindo deus tocando o verdadeiro blues.

Para uma análise mais técnica do show, o post do Jamari França está perfeito. Deixo aqui minha impressão apenas daquilo que foi sentido na Barra.

Aproveito e coloco uma fotinho tirada do celular:

domingo, 9 de outubro de 2011

Alguns Comentários

- Chegar na Cidade do Rock não foi tão difícil, apenas longe. O esquema de ônibus nos dias que fui funcionaram muito bem.

- Andreas Kisser é o maior arroz de festa da música mundial. Dá canja em todos os shows possíveis.

- Não é justo colocar os dias de rock nos domingos. Deveriam privilegiar o motivo do festival. Chegar em casa às 6:30 da segunda feira foi foda...

- Achei que era frouxo porque pensei em assistir ao bis do show do Guns lá no fundo. Depois descobri que nenhum dos meus amigos (exceto o Ogro) resistiu até o final.

- Rock 'n Roll é para quem merece (Ogro).

- Rock 'n Roll é para leões (Jamari França).

- Mensagem para 2013: "nanana é o diabo! Eu quero é rock!!!"

Rock in Rio 2011

Passada uma semana do último show, vou deixar uma breve e resumida impressão sobre os concertos que assisti no Rock in Rio entres os palcos Sunset e Principal.

Estive presente nos dois domingos do festival, cujas atrações principais eram Metallica e Guns 'n Roses respectivamente.

- Sepultura e Tambours du Bronx
Resquício de Sepultura tocando com a versão francesa do Olodum...

- Glória
O ponto alto (???) da sua apresentação foi o cover do Pantera!!!

- Coheed and Cambria
Quem???

- Motörhead
Não funciona tão bem em palcos muito grandes mas devem ser reverenciados sempre.

- Slipknot
A grande sacada desta versão do Rock in Rio foi a grama artificial.

- Metallica
Um clássico atrás do outro e fecharam com Seek and Destroy. Sem mais comentários.

- Tom Zé
Engraçado

- Mutantes
Só apareceu o Sérgio Dias e o som do palco Sunset deixou tudo mais difícil, mas tem que respeitar a história.

- Detonautas
Xinguei muito no twitter.

- Pitty
Ótima voz, belas bases e péssimas canções.

- Evanescence
Perdeu para a pasta de atum do Bibi.

- System of a Down
Gritado, estranho e sem melodia. Distorção não é tudo...

- Guns 'n Roses
O ponto alto do show foi a chuva torrencial que caiu na Cidade do Rock!!!

domingo, 11 de setembro de 2011

História de Vencedor

Por conta dos 10 anos dos atentados às torres gêmeas em Nova Iorque, hoje o clima de comoção é mostrado a cada 5 minutos na TV. Sem qualquer dúvida, o maior atentado da história vai deixar marcas profundas em todo o mundo e ainda é difícil acreditar que o episódio cinematográfico foi verdade.

Acho injustificado tal ato mas é importante lembrar que o que nos chega é apenas a versão "ocidental" da história. Os motivos que levaram a movimentos de tanto ódio aos Estados Unidos nos países do Oriente Médio não podem ser explicados apenas por extremismo religioso. Tem mais coisa que não é comentada deste lado do planeta. A história é sempre contada pelos vencedores.

sábado, 10 de setembro de 2011

Só mais uma reclamação

Já é público e notório que há muito tempo que o Rock in Rio deixou de ser um festival de rock. Prova disso são os headliners desta 4a edição brasileira. E para piorar, os dias supostamente roqueiros caem em pleno domingão. Vamos na raça, né?

O rock foi completamente renegado...

Let there be Rock

Amanhã vai começar a temporada de shows do 2o semestre aqui no Rio. Começa com Judas Priest e Whitesnake; dia 25 tem Metallica e Motorhead no Rock in Rio; dia 2, também no Rock in Rio, Guns 'n Roses e dia 10 tem encontro ecumênico com Eric Clapton.

Obviamente estarei em todos :-)

Let there be Rock!!!

Só para constar

O blog Pulso d'O Globo normalmente publica informações sobre corridas de rua e provas de triathlon que acontecem por aí. Não foi diferente no caso do Iron Moon de Copa. No post da prova, fiz um comentário e para minha surpresa meu comentário virou um relato dentro do blog.

Para quem quiser conferir, basta clicar no link.

Calouro

Como já tinha anunciado no post abaixo, no último sábado, corri meu primeiro triathlon. O tempo foi muito melhor do que eu projetava, mas percebi que tenho que ralar muito para ter um resultado decente.

Tudo era uma grande novidade. O check in, posicionamento dos equipamentos, preparação para a largada, tudo era novo e tenho certeza que me comportei como um principiante. A temperatura de 15 graus era convidativa (???) para um mergulho no mar. Eu preferi não me arriscar e decidi entrar na água apenas para nadar a prova. Nunca gostei de água fria e nunca vou gostar.

Últimos ajustes...

Dada a largada, me degladiei com os outros atletas para conseguir dar minhas braçadas. Nos primeiros 100 metros foi impossível nadar. A intenção era apenas não tomar um chute na cara e evitar os tapas mais fortes. Depois da 1a bóia, a coisa melhorou um pouco, o espaçamento entre os atletas aumentou e a dificuldade passou a ser enxergar a bóia seguinte, já que a prova foi de noite. Com muito esforço achei a segunda e a terceira bóias, mas não vi a chegada na areia. Resultado: acabei abrindo muito na última perna e perdi muito tempo. De qualquer maneira, saí bem da água, nadei melhor do que esperava.

A transição foi um desastre. Obviamente não calcei as sapatilhas em cima da bike, me enrolei com a camisa... ossos do ofício de ser um calouro. Na hora de subir na bicicleta, demorei bastante pra conseguir prender o bendito calçado no pedal, quase caí...

Saindo para pedalar...

Depois tive que aprender a pedalar na bike de speed. Fiquei um pouco impressionado não só com a velocidade que ela chega, como também a agilidade e a proximidade como os outros atletas passam por você. Não tinha parâmetros para comparar, mas fui um pouco melhor do que esperava, mas em relação aos outros competidores, foi minha pior modalidade.

Saindo da bike, tive mais problemas na transição, isso porque espaço de equipamentos ficava no fundo da área , o que me tomou muito mais tempo do que tomaria se estivesse posicionado perto da entrada. Fora isso, o resto foi mais simples, porque só precisei tirar o capacete e calçar o tênis. De tênis calçado, estranhei começar a correr depois de pedalar por cerca de meia hora. As pernas bambearam e senti uma leve tontura. Nada que durasse mais do que poucos segundos.

Quando passei pelo portal, comecei a fazer força, muita força e corri bem. Bem para mim, porque minha colocação na corrida foi apenas mediana. De qualquer maneira, corri os melhores 4km da minha curta carreira (18'20") e isso dentro de uma prova de triathlon!!!

O resultado final foi:

  • Natação: 12'32"(incluindo uns 2'30"de transição)
  • Bicicleta: 32'21"(mais uns 2' de transição)
  • Corrida: 18'20 (sensacional :-p)
Resultado total: 1h'03''13

Um honroso 101o lugar entre os 213 que completaram. Percebi que no triathlon o buraco é mais embaixo e tenho que treinar muito mais... Mas tudo em seu tempo...

Final Feliz

sábado, 3 de setembro de 2011

Triathlon em Copa

O triathlon que vou correr hoje promete ser rápido. Serão 600 metros de natação, 16 km de bicicleta e 4 km de corrida. O Iron Moon acontecerá aqui do lado de casa, em Copacabana.

Me preparei de leve para a prova. Dei algumas nadadas e umas corridas, só não consegui pedalar. A bicicleta vai ser o grande mistério da prova para mim.

Fazendo os cálculos, devo completar a prova em cerca de 1h10:
  • 12 minutos de natação
  • 3 minutos de transição
  • 32 minutos de bicicleta
  • 3 minutos de transição
  • 20 minutos de corrida
Para haver um certo desafio, estou colocando como objetivo fechar em 1h05. Vamos ver...

Vai ser uma festa boa, correrei com amigos e primos. A família estará na torcida e com as máquinas fotográficas a postos. Abaixo o o mapa do percurso:


2013

Hoje começa o projeto 2013... É um projeto ousado, mas é isso que me move. Vou correr o Iron Man Brasil, o maior triathlon existente em terras tupiniquins. São 3800 metros de natação, 180 km de bike e 42 km correndo. Ainda não sei em que tempo vou fazer. Nunca percorri essas distâncias, por isso não sei como meu corpo vai responder, mas se tivesse que chutar um valor, falaria que meu objetivo é completar a prova abaixo de 12 horas.

Vou precisar me preparar. Em janeiro inicio o trabalho com o acompanhamento de uma assessoria esportiva. As metas para 2012 são correr a meia maratona do Rio abaixo de 1h45, fazer a travessia dos fortes em Copa e correr a maratona de Buenos Aires em outubro. Isso deve me dar mais rodagem e devo aproveitar para intercalar com algumas provas de triathlon.

E para início de conversa, para poder experimentar e começar a traçar metas mais realistas, hoje vou correr meu primeiro triathlon.

Vai ser dada a partida...

domingo, 21 de agosto de 2011

Meia por acaso

O plano era aproveitar a Meia Maratona do Rio para fazer um treininho de leve. Sair de São Conrado, acompanhar as meninas até o Leblon e dar uma esticadinha até Botafogo, num total de cerca de 14 - 15Km. Mas o ritmo foi tão leve que acabei fazendo minha 5a meia maratona.

Normalmente não correria esta prova e por isso não fiz minha inscrição. Isso porque não gosto dela, basicamente por 3 motivos:

1. Ela é muito cheia (esse ano foram 19 mil inscritos);
2. Larga em São Conrado, o que implica em ter que dar uma volta no Aterro antes de cruzar a chegada;
3. Começa muito tarde.

Na véspera, eu, Bruna, André e Mari estávamos preocupados com o clima, afinal de contas, como se trata de uma prova organizada pela Globo, ela começaria às 9:00hs, junto com o Esporte Espetacular. Mas como a Globo controla tudo nesse país, fez até com que São Pedro mandasse uma frente fria para refrescar o dia da corrida. Na hora da largada, deveria estar fazendo uns 16 graus.

Aproveitamos ainda que um colega não pode correr, pegamos seu número e seu chip para pelo menos ter uma referência para acharmos nossas fotos na internet.

Passamos pelo pórtico de largada por volta das 9:15 e fomos no ritmo das meninas até perto do Sheraton. Dali em diante, eu e André soltamos um pouco mais e corremos assim até o Leblon, onde estavam minha mãe e minha avó, espectadoras frequentes e obrigatórias (sim, eu as obrigo a assistir!) das minhas provas que fazem este trajeto. Neste ponto, esperamos a Bruna e a Mari chegarem.

Assim que as meninas chegaram, seguimos, mas decidimos manter o ritmo que já estávamos e nos distanciamos delas. E assim fomos, eu e André, batendo papo... Ipanema, Arpoador, Copa, passamos os túneis e já estávamos em Botafogo. Seria o objetivo do treino. Mas como já estávamos entrando no Aterro, por que não concluir? Acabamos esticando e cruzando a linha final.

Resultado: muitos mitos caíram. André fez sua primeira meia, a Mari conseguiu chegar ao Km10 e a Bruna correu 8Km!!! Eu me diverti, completei minha 3a meia do ano e a 5a do meu currículo.

Algumas fotinhos do divertimento:


A largada, homenagem ao Eduardo e muito frio!!!

André e eu na chegada

Belmonte, posto de reidratação

Nosso tempo total? Não sei ao certo. Corri sem relógio justamente para não me preocupar e ainda fizemos uma paradinha no Leblon para conversar com nossas torcedoras. Mas deve ter sido alguma coisa próxima de 2h15'. Nem perto o 1h48' do mês passado, mas o divertimento foi o mesmo.

sábado, 20 de agosto de 2011

Endorfina

Endorfina... maldita endorfina! Se vendesse em farmácia, minha vida seria tão mais fácil.

É ela que me faz ir para cama às 23hs para levantar às 6:40hs, jogar alguma coisa para dentro da barriga, pegar meu quimono ou meu par de tênis e ganhar o mundo. É ela que me faz sair correndo do trabalho e, mesmo exausto, subir na bike e pedalar até o próximo treino.

É um vício. Não consigo controlar. Fico deprimido, doente sem ela. Quanto mais produzo, mais eu quero. Como é boa a sensação de sentir os espasmos musculares na hora de dormir. Pena que uma rotina de muito trabalho e viagens torne tudo ainda mais sacrificante. Mas vale a pena...

Meias-maratonas já não são mais suficientes. Já não me abastecem tanto. Tenho um plano para 2013...

sábado, 13 de agosto de 2011

Saindo de Santiago e chegando no Rio

Santiago em poucos clicks

Tive pouco tempo para conhecer Santiago. Durante meia tarde consegui ir ao Mercado Central e dei uma volta pelas ruas do centro. O mercado vende basicamente frutos do mar e é possível almoçar em um dos seus restaurantes.

Algumas fotos dessa breve tarde:





sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tremeu

E a terra finalmente tremeu aqui em Santiago. Às 23:36 (hora local), estava eu deitado na cama navegando na internet quando senti uma vibração nas paredes. Na hora não entendi muito bem já que se assemelhava aos movimentos de uma construção quando um caminhão passa por perto. Só que estou no 15o piso e caminhões não passam chegam aqui...

Em uma rápida busca pela internet, achei a informação: um tremor de 4.7 em Los Andes (com o epicentro a 90Km da superfície), a uns 80Km de Santiago, foi sentido aqui num nível 3 da escala Mercalli por aqui. E por essa escala, um tremor dessa magnitude é "sentido por um pequeno número de pessoas. Bem sentido nos andares elevados."

Apesar de fraco, parando para pensar depois, tem seu grau de susto. Agora imagino um outro um pouco mais forte...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Acordando em Santiago

Hoje foi o primeiro dia inteiro que passei em Santiago. Ontem à noite, quando fiz o check-in no hotel, pedi para me colocarem num quarto de frente para a cordilheira. De noite não se via nada, mas hoje acordei com essa vista...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Santiago do Chile

Depois de muito tempo entre a ponte aérea e Buenos Aires, fui parar em um novo destino: Santiago del Chile.

Todos que para cá vieram comentam sobre o voo sobre as Cordilheiras. O pouco que pude ver (porque estava no corredor), me deixou bastante entusiasmado. A vista do avião passando ao lado de uma montanha coberta de neve é impressionante. Pena que não consegui tirar nenhuma foto. Na volta vou tentar marcar meu assento na janela.

Cheguei aqui já de tardezinha. Quando pousamos, entramos numa nuvem marrom de poluição. Acontece muito quando a temperatura está baixa e o clima seco nesta região de vale. Por isso, pouco pude ver. Minha primeira impressão é que se trata de uma cidade de primeiro mundo. Me lembrou muito a parte nova de Berlim, com arranha-céus super modernos, ruas limpas e árvores sem folhas.

Segundo a recepcionista aqui do hotel, estou num quarto que tem vista frontal para a Cordilheira. Só devo poder confirmar isso na 4a feira, quando o tempo promete melhorar (e a temperatura baixar).

Saí há pouco para comer um peixe e me deliciei com um Mero, peixe cuja pesca é proibida no Brasil. Pelo visto vai ser uma semana de muito Cabernet Sauvignon e Pescado :-)

Pena que não terei dias livres aqui... e talvez não volte tão cedo.

Meia Maratona da Cidade do Rio de Janeiro

Domingo passado coloquei mais uma meia maratona no currículo. E para completar, estabeleci minha melhor marca para a distância: 1h48'08". Baixei meu tempo em 3 minutos e meio e estou muito mais próximo do meu objetivo de 1h45'30" para este tipo de prova.

Para essa corrida, treinei pouco, mas o pouco que treinei me deu bastante velocidade. Por outro lado, abri mão da resistência. Meus treinos não passaram de 10Km e senti as consequências disso na prova.

Antes de falar da prova em si, vale comentar sobre a ida para a largada. Peguei um táxi antes das 6 da manhã e encontrei meu primo. No meio do caminho, mais precisamente na Rocinha, o pneu do táxi furou e nos restou apenas pegar um ônibus, descer na Avenida das Américas e ir andando até o Pepê. Galho fraco. O foco era todo para a corrida.

O pouco que treinei me deixou com uma pulga atrás da orelha. Minha última experiência tinha sido muito ruim e isso me fez perder um pouco a confiança. Fiquei imaginando que, assim como na corrida da Ponte, eu iria sair bem e quebrar no Km14. Mas dessa vez foi diferente...

Larguei, num ritmo confortável para aquecer e fui encaixando as passadas. Consegui usar uma nova técnica para as descidas e isso me fez ganhar muito tempo em todas os declives da prova . Logo na 1a descida, dentro do túnel que dá acesso ao Elevado do Joá, música clássica compunha um clima de epopéia e superação. E assim fui, correndo sempre muito perto (às vezes abaixo) de 5min/Km.

No Km 10,5, minha torcida organizada me esperava. Mas a Bruna e minha avó estavam num papo tão interessante que mal me viram passar (por isso a falta de registros fotográficos de qualidade da minha passagem pelo Leblon).

Atravessei Leblon-Ipanema, meu local de treino, muito bem e comecei a descer a Francisco Otaviano para chegar em Copacabana já perto do Km 14. E foi aí que o drama começou.

Para quem treinou no máximo 10Km, não seria surpresa começar a sentir a prova no Km 14. E assim foi. As pernas já começavam a pesar e ainda faltavam 7 enormes quilômetros. Passei por toda Copacabana mantendo o mesmo ritmo, mas fazendo muita força e por isso paguei o preço. Daí em diante só pensava que iria desmaiar ao cruzar a linha de chegada. Atrelado a tudo isso, comecei a sentir frio!!! Sorte minha que havia um posto de hidratação à frente e os poucos goles que dei e a água que joguei na cabeça me trouxeram de volta à prova. Me arrastei até o Km 20 num ritmo de 5'30".

Fazendo muita força mas perto da chegada

No último quilômetro, voltei a soltar as passadas, mais no gás do que nas forças das pernas e dei o famoso sprint final. E o resultado está aí. Bela marca, abaixo do que eu esperava. Agora é treinar melhor para o próximo e ano e derrubar mais uma barreira.

Valeu a pena

Eu e minha fotógrafa distraída

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Corrida da Ponte

Para muitos, essa era a corrida mais esperada do ano. Eu estava ansioso mas devo confessar que a minha prova favorita é a meia-maratona que sai do Pepê. De qualquer maneira, atravessar a ponte correndo me parecia uma ideia bastante interessante.

Na 6a feira, fui até o MAM pegar o kit da prova. É nesse momento que a adrenalina começa a aumentar. Você percebe que está participando de um evento que é para poucos. O sábado foi dedicado ao descanso, à hidratação e à ingestão de carboidratos. Dia de dormir cedo. De noite, preparei meu uniforme e tentei ir logo para cama, afinal de contas, no dia seguinte estaria de pé às 5:30 da matina.

O comentário de alguns amigos era: "chegar à 8 em Niterói é o maior desafio". Também pensava assim, até me deparar com o sol que nos esperava naquele dia. Peguei um táxi rumo à Praça XV. Lá, as barcas estavam tomadas por corredores ávidos pela travessia. É legal poder participar da festa.

Cheguei em Niterói próximo das 7hs. Tinha tempo suficiente para me arrumar, encontrar os amigos e me concentrar. Eu tenho um costume peculiar em qualquer prova dessas, seja de 4km, seja meia-maratona. Eu prefiro me trocar no local da largada. Chego sempre de bermuda e chinelo e depois que coloco o tênis, o short e a camiseta da corrida (normalmente é sempre a mesma). Acho que isso faz parte da minha preparação psicológica.

Fiquei procurando alguns amigos e por isso não me posicionei para largar na frente. Entrei no fim do bolo. Acabou que não encontrei ninguém e larguei no final. Para meu espanto, a largada foi muito tranquila. E consegui correr o Km 1 no ritmo que esperava.

Apesar do pouco treino, achava que era possível correr a prova em 1h50', ou seja, algo próximo de uma média de 5'15'' por Km.

A subida do vão central era o grande temor da prova. Mais adianta vimos que isso foi apenas um mito. Até o Km 11 estava indo no ritmo planejado (fechei os 10Km em 53'30'', apenas 1 minuto acima da média desejada. Levando em consideração que já havia atravessado o vão central, isso estava bem razoável).

Mas foi no final da descida que percebi que a coisa começaria a degringolar. A largada às 8hs foi sob um céu azul e um sol que prometia vir quente. No final da descida, já eram 9hs e a promessa do sol quente virou um maçarico sobre nossas cabeças. Comecei a fazer muita força para continuar mas o ritmo já não era o mesmo. Veio uma sede incomum e os postos de hidratação pareciam cada vez mais distantes. No Km 12, vi o Tande se arrastando e o meu psicológico estava cada vez pior. Procurava alguma sombra e só encontrava mais sol. O tão temido vento da ponte não apareceu. O sol estava egoísta e não queria concorrência.

Mais alguns metros à frente não aguentei mais e precisei andar. Isso foi a quebra de um mito para mim. Desde que comecei a participar de provas de rua, jamais tinha andado, independente da minha preparação ou da distância. Mas agora era questão de vida ou morte (quase que literalmente).

A partir daí passei a alternar caminhadas com pequenos trotes e assim cheguei à Perimetral (AKA "Perinfernal"). Foi lá que a coisa piorou para todos. Como li em outro blog, "na Ponte tinha mais gente andando do que correndo e na Perimetral tinha mais gente passando mal do que andando". Não sou dos mais experientes mas nunca tinha visto tanta gente desabando. Era questão de sorte ou azar uma pessoa desmaiar do seu lado e você ter que parar de correr para socorrer um colega. Aqueles que não aguentavam eram arrastados para o canto da mureta central, único lugar com alguma sombra. Em alguns momentos eu mudava meu relógio para o modo "horário", esquecia meu tempo e via que horas eram. Não acreditava que estava correndo às 10 da manhã sob aquela lua.

No Km 19, me recuperei um pouco e consegui subir meu ritmo (a essa altura o tempo já não importava mais, era questão de honra). Só nos últimos 400 metros que avistamos os primeiros torcedores e a motivação aumentou. Como faz falta correr provas longas sem o pessoal assistindo e te empurrando com gritos de incentivo.

2h15'16'' depois, cruzei a linha de chegada. Desapontado demais com o tempo mas resignado por ter completado a prova. Me restou apenas aplaudir a mim mesmo e prometer que nunca mais cometeria uma loucura como aquela.

Agora, passado alguns dias, já lembro com saudades da prova. Se ano que vem mudarem a largada para às 7hs, quem sabe eu participe novamente. O próximo desafio agora é minha prova favorita. Vamos ver se me preparo melhor dessa vez.

domingo, 10 de abril de 2011

Chegando lá

Ainda não foi dessa vez que consegui chegar aos 22'30'' nos 5km, mas hoje cheguei um pouco mais perto. Na Ecorrida, corrida de revezamento que costumo participar todos os anos, consegui cravar 22'53''. É a primeira vez que corro abaixo dos 23 minutos. Então estou chegando lá.

Talvez a sinusite durante toda a semana tenha atrapalhado um pouco, mas de qualquer forma já não vinha treinando tanto.

Na semana que vem tem a corrida da Ponte. Que venham os 21,4km...

Rio Rock City

Posso dizer que fui afortunado nos últimos 10 dias. Não é sempre que se tem na sequência Iron Maiden, Slash e Ozzy Osbourne tocando para você.

Não vou entrar em avaliações técnicas, isso quem gosta e faz bem é o Ogro, eu vou me ater às minhas percepções e sentimento ao que vi.

O show do Iron foi inusitado. Não é sempre que um show é interrompido na primeira música e adiado para o dia seguinte por causa de uma grade de proteção do palco que arrebentou. 

Na verdade, nem estava muito empolgado para ir. Afinal, depois do show só com clássicos que fizeram na Apoteose há uns 2 anos, seria pouco provável fazer outro melhor, ainda mais querendo divulgar disco novo. Mas fui, para não quebrar a tradição e encontrar os amigos.

Como previsto, a apresentação foi morna, seja pela seleção das músicas, seja pela forma burocrática como tocaram ou seja pela não compensação musical pelo adiamento. Todo mundo esperou um algo mais que não veio.

Já no show do Slash, experimentei uma sensação muito parecida com o show do Kiss. Estar diante de um dos seus heróis de infância é uma grande experiência. Pena que o som do Vivo Rio é/estava uma porcaria. De qualquer maneira, parafraseando Jamari Franca, o cara é um guitar heroe ao estilo dos anos 70.

E por último o Madman. Crazy! That's what we got!

Ozzy tocou apenas uma música nova e o resto foi um desfile de clássicos (de sua carreira solo e também do Black Sabbath), muitos baldes e jatos de espuma. Showzaco!!! This is what rock 'n roll is all about, baby.

Como disse o Roney ao fim do show: "vou quebrar meu cartão do Rock in Rio" (apesar de eu ainda não ter comprado o meu).

Que venha Sir Paul.



De Volta

Terminada a visita ao Pantanal, retornamos para Campo Grande para pegar o voo, mas antes fomos no Mercado Municipal e provamos o tradicional sobá, um yakisoba turbinado.

E assim terminava nossa viagem...

Pantanal

O Pantanal Sul é uma região já bastante manejada pelo homem. Boa parte da flora já não é original mas a consciência ecológica (e econômica/turística) está mudando isso.

A Fazenda São Francisco, além do turismo, vive da plantação de arroz e da criação de gado. O sentimento é de se estar no Pantanal por causa da fauna, mas a flora e as paisagens são bem diferentes daquelas que estamos acostumados a ver na TV.

Para o turista, o grande atrativo são os bichos. E esses existem aos montes. Foram 2 dias vendo tudo quanto tipo de animal (menos onça, um prêmio de muita sorte).

No primeiro dia fizemos um passeio pelo Rio Miranda, de noite saímos para fazer focagem e no dia seguinte um passeio para ver a vida diurna do local. O ponto alto foi ter um biólogo como guia do nosso passeio. As informações foram muito mais ricas e educativas.