sábado, 30 de agosto de 2008

Inverno

Os planos da noite anterior de ir à praia para tomar um copo de mate e comer um pacote de biscoito globo foram literalmente por água abaixo. A chuva resolveu lembrar aos cariocas que estamos no inverno. Do lado de fora, os termômetros marcam 16 graus.

Quais as possibilidades para o dia de hoje então? Show do Scorpions? Talvez não. Com o ingresso mais barato a 150 reais, fica inviável. Os amigo não atendem às ligações. É, a coisa não anda muito animadora. A cama, agora menor e vazia, é a opção mais convidativa. Quem sabe um bom livro e uma boa música ajudem. Paleativos.

sábado, 16 de agosto de 2008

Último dia em Buenos Aires

No nosso último dia em Buenos Aires, fomos visitar o que faltou para ser visitado. Passamos por San Telmo, bairro tradicional da capital argentina por causa das suas feiras e mercados. Depois fomos a Puerto Madero, área revitalizada da cidade, muito parecida com as Docas de Belém, onde atualmente existem inúmeros restaurantes e muitos portenhos praticando algum tipo de exercício físico.

Puerto Madero

De lá resolvemos ir até a Avenida de Mayo, almoçar no tradicional restaurante Café Tortoni. Já havíamos tentato entrar lá anteriormente, mas a fila nos fez desistir em tal ocasião. O local parece muito com a Confeitaria Colombo no Rio, só tem brasileiro, a comida é caída e cara. Uma das furadas da viagem.

Nossa última etapa foi visitar a Manzana de Las Luces, local que abriga escavações e túneis existentes na Buenos Aires de séculos atrás. Vale a pena. Só tem que passar antes lá para verificar que hora são as visitas.

Emoções Olímpicas

Sou fanático por esportes, isso não é segredo nenhum para quem me conhece. Pratico desde cedo e não quero parar até o último dia em que estiver por aqui. Já fiz de tudo: natação, vôlei, basquete, futebol, tênis, judô e assim vai. É raro eu não gostar de alguma modalidade.

Diante disso, quando chegam as olimpíadas, fico impolvoroso. Hoje em dia, as coberturas televisivas são fantásticas. Isso é um prato cheio para alguém que gosta tanto de esporte como eu. Por conta do meu atual tempo livre, assisto tudo o que posso. Tenho virado noites, estou praticamente no fuso horário chinês.

As olimpíadas, para mim, combinam mais com esportes individuais. Natação, judô e principalmente atletismo são as modalidades clássicas, com a cara dos jogos. Apesar de brasileiro adorar os esportes coletivos, acho que não têm o mesmo espírito olímpico.

Esse clima todo acaba criando uma atmosfera onde os nervos ficam à flor da pele e a emoção transborda. Gostaria de comentar alguns episódios que ocorreram nessa primeira semana dos jogos.

O primeiro grande momento das olimpíadas foi o revezamento 4 x 100m na natação. A reação da equipe americana, que proporcionou mais uma medalha de ouro para Michael Phelps foi coisa de roteiro de cinema. O nadador mais desacreditado da equipe fechou a prova, saindo um corpo atrás do recordista mundial, e nadou 1 segundo abaixo do recorde mundial. Só quem viu pode acreditar.

O segundo não tem a ver com medalhas, mas sim com conquista. O judoca Eduardo Santos lutou, jogou, deu ippon, mas isso não foi suficiente para levar uma medalha. Depois do "fracasso" mostrou que, diante das circusntâncias, fez o melhor que era possível para ele. Atleta de família pobre, chegou onde muitos gostariam de estar e ficou perto do pódio porque não teve competência para jogar o seu último adversário, segundo suas próprias palavras. Sem querer justificar, sem querer procurar desculpas ou culpados. Emocionante.

Voltando à natação mais dois momentos de tirar o fôlego. A vitória de Michael Phelps nos 100m borboleta, na batida de mão, 1 centésimo na frente. O cubo d´água veio abaixo. Coisa de olimpíada. E por último a medalha do Cesar Cielo, na prova mais rápida da natação, 50m. Dominou desde as eliminatórias. Foi implacável, buscou o ouro como havia dito durante a entrevista que deu depois de chegar em 3o nos 100m livres.

O choro no pódio e a invasão da equipe brasileira, quebrando todo o protocolo, depois da entrega das medalhas coroaram de forma emocionante a conquista do brasileiro.

E agora começa o atletismo. O que será que nos aguarda?

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A Era dos Campeões

Sempre gostei de Formula 1. Não sei explicar o porquê, já que nem de carro eu gosto muito, mas sou afixionado por corridas. Há tempos o país carece de um ídolo na modalidade. Depois de anos à sombra de Michael Schumacher, Barrichelo fez com que o brasileiro perdesse um pouco o gosto pelo esporte, mas eu me mantive firme, sempre acompanhando.

Agora surgiram dois grandes nomes: Felipe Massa e Nelson Ângelo Piquet. O primeiro vem mostrando seu valor, disputando ponto a ponto o campeonato e o melhor de tudo, com muito arrojo, como podemos ver no vídeo abaixo:



O segundo, depois de muito criticado, começa a mostrar o seu valor. Mas seu maior desafio será sempre superar seu pai, tarefa que para mim é quase impossível. Nelson Piquet, na minha modesta opinião, foi o maior piloto brasileiro de todos os tempos, seja pelo que fez nas pistas, seja pelo que fez fora delas.

Essa semana, fiquei sabendo de um documentário chamado A Era dos Campeões (que pode ser assistido no youtube). O filme trata dos 20 anos dourados do automobilismo brasileiro, de Emerson Fittipaldi a Ayrton Senna.

Com depoimento dos protagonistas, bem como de coadjuvantes de peso, como Alain Prost, a história vai sendo contada. O grande furo do documentário é não mostrar as cenas relatadas pelas ilustres testemunhas.

Os três brasileiros foram grandessíssimos pilotos, as respectivas carreiras e os números não mentem, mas Piquet rouba a cena (sem qualquer trocadilho com Ayrton). Fittipaldi e Senna eram os famosos bons moços, muito rápidos nas pistas e discretos e politicamente corretos fora delas. Já Piquet tinha um tempero a mais. Além de ser extremamente rápido, era uma metralhadora ambulante com suas opiniões fortes e sinceras.

No documentário ele atira para todos os lados. O primeiro a ser atingido é Rubinho, depois numa seqüência sobra para Nigel Mansell, Galvão Bueno, Senna, Prost e assim vai.

Documentário imperdível para quem gosta de Formula 1. E para provar que Piquet foi o melhor, deixo a ultrapassagem abaixo como prova do que estou dizendo:

domingo, 10 de agosto de 2008

Buenos Aires a pé

Depois de conhecer o centro da cidade, La Boca e ir para Colonia, era hora de conhecer melhor Palermo e a Recoleta, áreas próximas e com bastante atrações.

Como o acesso via metrô para essas localidades não era muito bom, resolvemos ir caminhando mesmo. Daí saímos de nosso hotel e fomos andando para conhecer melhor os parques de Palermo. Passamos pelos jardins botânico, zoológico e japonês numa caminhada que nos tomou a manhã toda. Caminhada essa bem agradável, por conta do belo dia, da temperatura amena e pela tranqüilidade dos lugares.

No final dessa caminhada, chegamos ao Malba, Museu de Arte Latino Americana de Buenos Aires. Realmente é um belo local e que vale uma visita, ainda mais para quem gosta muito de artes plásticas. Não é o meu caso, mas de qualquer forma valeu. E o melhor, estudante não paga.

De lá, depois de uma breve descansada em um restaurante, fomos para a Recoleta. Também cruzamos por alguns outros parques, muita gente fazendo cooper e ainda um belo dia. Na Recoleta, o objetivo era conhecer o famoso cemitério do Bairro, onde fica o túmulo de Evita Perón. Assim como o de Jim Morrinson em Paris, o de Evita também não tem nada demais a não ser algumas poucas homenagens de alguns fãs.

Depois de tanta andança, era hora de voltar para o hotel e por conta do esforço do dia, merecíamos um táxi. Ainda tentamos ir de ônibus, mas iria ser muito complicado. Sem contar que o táxi portenho é muito barato e vale a pena nessas horas.

Bruna e o cemitério da Recoleta

Nota Judoística Olímpica

Estou interrompendo a série de posts sobre a viagem à Argentina para expor algo que me incomodou muito nas últimas duas noites de jornada olímpica.

Gostaria de deixar claro a todos os leigos que andam assistindo ao Judô nas Olimpíadas que aquilo que nos chega através da telinha é algo muito próximo do tradicional esporte japonês mas que deveria receber daqui por diante um novo nome. O caminho suave já não existe mais.

A técnica perdeu espaço para a força e a tática. Não se procura mais o ippon, tão pouco qualquer técnica de projeção que não seja um ataque às pernas utilizando as mãos. As famosas catadas. E isso quando muito, porque o que vemos são lutas táticas, sem qualquer inspiração, apenas esperando que o adversário seja punido pelo árbitro.

Queria enfatizar que estou escrevendo isso depois do segundo dia de lutas. Ainda tenho esperanças de ver o Judô aparecer nas Olimpíadas. Vamos ver o que nos espera...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Colonia

Nos disseram sobre uma viagem de ida e volta no mesmo dia pelo Rio da Prata até a cidade uruguaia de Colonia. Falaram que era uma cidadezinha muito bonita e que valia a pena conhecer.

Deixamos cedo do hotel para tentar sair nos primeiros barcos. O serviço do Buquebus é de alta qualidade e confortável. Existem dois tipos de embarcação, uma mais rápida e mais cara e outra bem mais demorada e mais barata. Optamos pela mais rápida para não ficar muito tempo viajando de barco em um mesmo dia.

Colonia foi uma cidade estratégica, às margens do Rio da Prata, colonizada por portugueses, mas durante séculos ficou sendo disputada pelos espanhóis, já que servia como entre-posto e controle da entrada do rio.

Por conta da sua colonização, a cidade tem muitos traços portugueses, o principal são os azulejos, motivo inclusive da construção de um pequeno museu.

A temperatura do inverno uruguaio junto com o vento proveniente do rio fizeram com que a sensação térmica fosse lá para baixo durante todo o dia (até então foi o dia que mais sentimos frio), mas quando o vento diminuia, ficava até agradável.

Como de praxe, fotos abaixo:











Palmeira e pinheiro em harmonia




La Bombonera

É impressionante, é velho, é sujo, é assustador, é apertado, é calderão. La Bombonera é um alçapão. Visitei o estádio do Boca Juniors e fiquei impressionado com o que vi. Ele pulsa sozinho. Infelizmente não consegui assistir a um jogo, mas apenas a visita guiada pelo estádio já valeu a pena.

A torcida fica em cima, dependendo do lado em que você esteja, não é possível nem ver a lateral mais próxima por conta da proximidade das arquibancadas. Para o bandeirinha deve ser um martírio correr por ali.

A paixão do torcedor é outra coisa que chamou a atenção. Os brasileiros nem chegam perto. Todos os ingressos da temporada já foram vendidos. O estádio fica lotado em todos os jogos. E a torcida é apaixonada, fanática.

Vou deixar umas fotos aqui embaixo, mas tenho certeza que não vai dar para sentir o espírito do estádio.



O campo termina onde começa a arquibancada


Tudo errado

Era para ter atualizado diariamente com os acontecimentos da viagem, como não o fiz, terei que dar aquela acoxambrada agora e fazer um resumão. Eu sei, tudo errado!!!