quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Jetsons

Comprei uma webcam. Parece a coisa mais normal do mundo, não é? E o pior é que é. Uso ela para falar com meus amigos ao redor do mundo, posso mostrar minha casa para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-la pessoalmente, mato a saudade de outros...

Pois é, outro dia me peguei pensando sobre o assunto. Onde nós chegamos? Quando era criança, assistia aos Jetsons e ficava deslumbrado com as maravilhas que o futuro nos traria. Carros que voam, cidades suspensas, robôs empregados, vídeo chamadas. Mas calma aí! Eu já consigo fazer vídeo chamadas. E tudo isso foi possível com uma câmera que me custou 50 reais, comprada em um site da internet.

Que maravilha! Estamos vivendo o futuro! Agora eu quero um carro voador!

Ensaio sobre a verdade

A verdade é um dos maiores problemas do mundo. Ela não faz bem, provoca brigas e guerras, tristezas e desgostos, mágoas e dores. Parece sem sentido? À primeira vista sim, mas com um olhar mais cuidadoso, é possível perceber que tudo isso é completamente lógico.

Vamos direto ao caso mais fácil de verdade que causa estragos. É a verdade que machuca. As pessoas se agarram a algum fato ou aspecto só para ficarem "numa boa". Como cantaria Raulzito: "Convence as paredes do quarto e dorme tranqüilo". Elas tendem a acreditar em coisas que aliviem seus pensamentos, mascarem acontecimentos, que deixem sua consciência tranqüila. Mas a verdade pode colocar tudo isso abaixo, nos acertando o estômago como um soco, acabando com nossa paz interior.

Por isso, a sinceridade aliada à verdade não é bem vista. Em inúmeras vezes é melhor manter-se calado do que deixar que seus pensamentos invadam o mundo. Quem nunca sofreu por uma verdade assim?

Mas esse tipo de verdade chega, causa estrago, e depois vai embora. Como um furacão, deixa seu rastro de destruição. Nada que o tempo não cure ou conserte. Machuca mas não mata.

Existe um tipo de verdade muito pior e que as pessoas dificilmente sabem lidar. É a verdade de cada um. É difícil definir esse tipo de verdade, mas basicamente cada um acredita na sua e, no fundo, todas são corretas de acordo com o ponto de vista.

Pronto!!! "Correto de acordo com o ponto de vista" é um desastre. É como pôquer. Se sua mão está alta, você vai até o final porque acredita que tem um jogo vencedor. Se duas pessoas tiverem jogos altos e forem até o final, uma delas vai se dar muito mal.

Perceberam a analogia com a verdade? Se cada um tem sua verdade e acredita nela piamente, vai haver um confronto de idéias que pode gerar conseqüências graves. E é aí que mora o perigo.

A verdade traz discordâncias, traz a desgraça, pode trazer até a guerra. Por isso, como diria Cazuza: "Mentiras sinceras me interessam".

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Pau de Arara

Assim que chegamos em Pipa, o único passeio que nos foi recomendado pelo dono da pousada foi o Pau de Arara. Em um Jipe percorreríamos algumas praias ao sul de Pipa, faríamos um passeio de jangada, desceríamos umas dunas de sandboard e terminaríamos o dia vendo um belo pôr-do-sol na Lagoa de Guaraíras.

O passeio sai por volta das 8:30 da manhã e termina em torno das 17:30. Apesar de caro (80 reais por pessoa), vale muito a pena, já que passa por lindas praias, cujos acessos são complicados para quem está a pé.

Algumas fotos do dia...

Chapadão


Transpondo um rio


Passeio de jangada


O pôr do sol mais bonito da viagem

De Pipa a Jacumã, uma aventura de ônibus

Estava chegando ao fim nossa passagem por Pipa. Era hora de levantar acampamento e partir em direção a Jacumã, na Paraíba. Como não estávamos de carro, a saída foi ir de ônibus, tarefa simples segundo a maioria.

Ao meio-dia partimos em nossa 1a condução, um ônibus rumo a Goianinha, uma cidade que fica à beira da BR-101, ainda no Rio Grande do Norte, de onde pegaríamos a próxima condução, rumo à capital da Paraíba.

Depois de uma hora de viagem, chegamos ao nosso primeiro destino. Andamos até o ponto onde pegaríamos o próximo ônibus e esperamos. Saímos de Pipa já com a passagem Goianinha - João Pessoa comprada, então era só questão de esperar, já que nosso lugar estava garantido.

O ponto onde esperamos o segundo ônibus é muito similar àqueles de filmes brasileiros que retratam o nordeste, e nós, dois alieníginas com mochilas enormes, éramos olhados com um pouco de surpresa.

Depois de alguma espera e muitos ônibus rumo ao Rio e São Paulo passarem, eis que surge o nosso. Aquele velho ônibus era uma bela visão no meio de toda aquela poeira.

Ônibus vazio, viagem tranqüila. Em duas horas e meia chegamos à rodoviária de João Pessoa. Já eram quase 5 da tarde. Ainda nos restava mais uma condução, uma intermunicipal até Jacumã, a 20km da capital paraibana.

Mais uma vez, de mochila nas costas, andamos até um ponto de ônibus. Esse ficava a uns 400 metros da rodoviária. Fomos informados que a cada meia hora saía um. Não deu outra, meia hora depois estávamos nós e um bolo de mochilas ocupando 4 lugares no veículo.

Pelo que o pessoal da pousada falou, seria uma viagem tranqüila. É impressionante como tranqüilidade é um conceito vago. O ônibus deve ter rodado João Pessoa umas três vezes, passou por não sei quantas cidades até que mais de uma hora depois chegamos a Jacumã. Agora só restava acertar chegar na pousada em meio a um breu total.

O maior problema encontrado para conseguir concluir a missão foi que a referência que nos foi dada não existe. Pelo menos não a encontramos durante todo o tempo que estivemos lá. Resultado: fomos parar no ponto final e tivemos que ligar para pousada a fim conseguir mais informação.

Esperamos o ônibus partir para sua viagem de volta e descemos em um lugar que nos disseram ser bem perto. Para complicar, com o cair da noite e a falta de luz na rua, mal podíamos ver a 3 metros a nossa frente. Descemos do ônibus e paramos num restaurante para pedir informação. Um sujeito, com pena da nossa situação, nos guiou através de um terreno abandonado até a pousada. Finalmente chegamos, depois de umas 5 horas. E assim chegamos ao nosso destino final. Restava um bom banho, comida e cama...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A noite de Pipa

Dando continuidade à série de posts sobre Pipa, não posso deixar de falar sobre sua noite. Durante o dia, praticamente tudo está fechado. Em uma volta pelo centro, é capaz de não se encontrar qualquer restaurante aberto, mas conforme a noite vai caindo...

As pessoas voltam da praia, passam nas pousadas para um banho e depois é hora de aproveitar essa outra atração. Há uma diversidade muito grande de restaurantes e espaços de arte.

Devido ao grande número de gringos, existem várias opções de comida, todas em ambientes bonitinhos. Os preços que não são tão convidativos. Se quiser comer uma comida realmente gostosa, vai ter que pagar o preço (mas também não é nada do outro mundo).

Existem poucas opções de festa, mas quem procura, sempre encontra. Nós dormíamos cedo para poder aproveitar melhor o dia seguinte. Além disso, não tinha nenhuma atração que nos chamasse a atenção, por isso essa opção.

Para quem gosta de lembrancinhas de viagem, Pipa é um paraíso. Existem vários artistas locais de qualidade, com seus ateliês e seus espaços de arte. Como viajamos só com um mochilão. A idéia era carregar o mínimo de peso possível, por isso só compramos nosso imã.