sexta-feira, 27 de junho de 2008

O reino do mal

Sempre fui inocente. Acredito na bondade das pessoas, não consigo perceber segundas intenções. Acho que, assim como eu, ninguém age por maldade. Tolice... acabo quebrando a cara. E o pior, isso me atinge o estômago como um soco. Por vezes me derruma.

Tenho amigos que pensam o contrário, que o mundo é mau e o mal reinará. E não é por causa disso que agem desta forma também. Seguem seus princípios, princípios bons. Infelizmente tenho que concordar com esse pensamento. As pessoas agem em benefício próprio e se for necessário destroem quem quer que seja para que consigam alguma vantagem.

Poucos são aqueles que podemos considerar amigos, aqueles em quem podemos confiar. Um sorriso nem sempre traz sinceridade. Um abraço pode ser dado com um punhal nas costas. As vezes acho que estou numa alcatéia que usa pele de cordeiro.

Independente disso, continuarei usando meus princípios como linha mestre. Não vou fugir deles. Agora, o que tenho que aprender é que o mundo é mau. Tenho que começar a me defender. Começar? Na verdade, talvez tenha que aprender.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Paris

Cheguei em Paris e encontrei meu primo Leandro no próprio aeroporto. O vôo dele chegou uma hora antes do meu. De lá pegamos um ônibus até seu hotel, perto da Ópera e encontramos a Cris. Para não perder tempo, resolvemos dar uma explorada na cidade. Fomos a pé até o Louvre.

O Louvre

De lá decidimos que iríamos para a torre Eiffel, sem dúvida o maior e mais belo símbolo de Paris. Mais uma caminhada longa.


Já na torre, depois de muita fila, subimos para curtir o visual.




A ser continuado...

E lá vou eu de novo

O trabalho acabou. Agora são 3 dias livres. Como falei num post anterior, vou para Paris encontrar a Cris e meu primo Leandro.

Percurso: trem para Munique e avião para Paris. Depois de todos os outros traslados, esse está muito fácil. :-)

Ulm

Fui a Ulm a trabalho, mas tenho um amigo que mora por lá. Então consegui juntar três coisas numa viagem só: trabalho, turismo e reencontrar o Dennis, o amigo em questão.

Como os dias andam longos na Europa por conta do verão, saí do trabalho, passei em outro médico e ainda me sobrou tempo para dar uma volta pelo centro da cidade. Ulm é uma pequena cidade típica alemã. O que eu não sabia até então é que se trata da cidade onde Albert Einstein nasceu e que também possuiu a igreja mais alta do mundo.





Uma parte da fachada da igreja (não consegui enquadrá-la toda)


O Dennis é esse maluco do meu lado. Tem cara de mau mas quem conhece sabe que é só a cara. Gente boa para caramba!!! No pouco tempo que tivemos, trocamos umas idéias e e assistimos ao jogo da Alemanha contra Portugal pela Eurocopa num bar. Valeu muito a visita.

Finalmente em Ulm

Quando eu disse que a viagem entre Groningen e Ulm não seria fácil, não imaginava que seria tão complicada. Peguei um trem para Amsterdã, depois um vôo para Munique. No aeroporto comprei um bilhete para Ulm. Por conta do horário, ou da má vontade da atendente, só foi possível chegar no meu destino depois de pegar 3 trens diferentes!!! Calma, faltou o táxi para o hotel...

Resumindo. Saí de Groningen por volta de 13:30 e cheguei no meu hotel às 00:30 do dia seguinte. Completamente moído.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

É hora de partir

O tempo em Groningen acabou. Próximo destino: Ulm, na Alemanha. Mas não vai ser fácil, nem rápido. Saio de Groningen às 14hs, pego um trem para Amsterdã, de lá um vôo para Munique, depois um trem até a estação central da cidade e por último um outro de lá até Ulm.

Um pouco mais sobre Groningen

Groningen é uma cidade universitária situada no norte da Holanda. Com um povo muito educado e hospitaleiro, a cidade possui uma das maiores e mais importantes universidades do país. A cidade tem algumas peculiaridades.


Agora, no início do verão, os dias são muito longos. Fica escuro a partir das 11 da noite e às 3 da manhã já é possível ouvir os pássaros cantarem. Já dá para imaginar a confusão que se cria em alguém que está com 6 horas de diferença no fuso e acostumado a dormir por volta das 22 com a noite plena.

Outro fato interessante é o meio de transporte mais utilizado pelos os moradores. A bicicleta. A pequena cidade possui ciclovias por quase toda sua extensão. Isso faz com que a população pedale para todos os lados. É tudo muito organizado. As ciclovias têm regras, sinais de tráfego e preferências. Dá gosto morar num lugar com esse tipo de estrutura. Poderia ser a solução para alguns problemas de trânsito no Brasil.



Estacionamento de bicicletas em frente à Universidade de Groningen


Além disso, a cidade é cortada por inúmeros canais e tem bastante barcos. Como as ruas invariavelmente cortam esses canais, ela possui várias pontes elevadiças, que fazem com que o trânsito tenha que parar de vez em quando.


Mas o que mais me chamou a atenção foi a hospitalidade de todo o povo, cujo domínio do inglês beira os 100%. Muito fácil para o turista.

A Torre de Groningen

Diário de Groningen em um post

Desde sábado quando cheguei, minha garganta está inflamada. Piorou, melhorou, ardi em febre, suei depois, fiquei indisposto, em seguida disposto, mas até agora nada dela desinflamar. Essa foi minha tônica em Groningen.

No domingo encontrei alguns brasileiros no lobby do hotel. Com eles fui até o centro e sentamos para comer alguma coisa. De noite, fiquei muito mal e lá pelas duas da matina me mandei para um hospital. Duas coisas me chamaram a atenção: a boa vontade e a educação do povo e a passividade do médico. As moças que me atenderam na recepção me trataram muito bem e resolveram tudo com minha companhia de seguros de viagem. Tenho que ser sincero, dei muito trabalho para ambas e em nenhum momento tiraram o sorriso do rosto. Por outro lado, o médico, depois de me examinar rapidamente, falou que eu tinha uma infecção viral na garganta e que em 4 ou 5 dias eu ficaria bom. E pronto.

Nos outros dias, pouco saí do hotel. A garganta me incomodava demais. Como não tinha nada muito perto do hotel, ou eu ia ao restaurante do próprio hotel, ou não comia nada. E assim os dias passaram até meu último dia, quando, um pouco mais disposto mas ainda com a garganta inflamada, fui com um grupo de brasileiros que conheci por lá passear pelo centro da cidade, comprar umas lembranças e jantar.

E assim foi em Groningen.

Sumiço

Era para ter escrito todo dia, contar um pouquinho do que eu percebia, do que acontecia, do que eu descobria, mas não deu. Vou aproveitar essa folga agora para colocar as coisas de volta ao lugar.

sábado, 14 de junho de 2008

Groningen

Groningen é uma cidade de pouco menos de 200 mil pessoas ao norte da Holanda. São 6 horas de diferença de fuso em relação a Manaus e 5 em relação ao Rio.


Não andei muito por aí. Primeiro por conta da limitação de roupa, segundo porque estou muito cansado. Resolvi tirar o resto do dia para descansar no hotel. Está fazendo mais frio do que eu imaginava, mas acostumo rápido. Ainda bem que sempre ando com um casaco na minha bagagem de mão.

Uma coisa que não tinha me tocado e só dei conta aqui é que escurece muito tarde. Às 22 horas ainda estava claro. Agora, meia noite, já escureceu.

A viagem foi muito cansativa então caí no sono cedo. Vacilei. Deveria ter tentado ficar mais tempo acordado para acostumar com o fuso. O resultado é que estou sem um pingo de vontade de dormir.

De trem para Groningen

Tenho que confessar, já estava bastante cansado quando cheguei em Amsterdã. Doido por um banho, uma cama e um prato cheio. Mas ainda tinha que viajar duas horas e meia de trem até Groningen. E assim segui meu destino, com direito a troca de trem e tudo no meio do caminho. É impressionante como o horário dos trens europeus é preciso. Na minha troca de trens, eu chegaria na estação às 14:35, trocaria de trem e sairia às 14:38. Batata, não deu outra. Tudo muito pontual.

No final foram 36 horas de viagem até chegar Groningen. Cansado e sem mala. A vantagem de ter a mala extraviada é que não precisei ficar carregando mala para lá e para cá. A parte ruim é só ganhar uma blusa e um par de meias da KLM. Pelo menos serviu de desculpas para só dar uma volta nas redondezas do hotel e voltar para o quarto. Usar a mesma roupa 3 dias não rola.

A companhia aérea falou que minha bagagem chegaria hoje por volta das 19 horas, mas já fui avisado que só a terei amanhã de manhã.

Chegando em Paris e seguindo para Amsterdã

O vôo para Paris não teve nada de mais. A única coisa interessante durante o vôo é que nesse 777 que viajei, as TV's individuais tem programção sob demanda. Antigamente, você assistia ao filme que começaria a tal hora. Agora você escolhe quando quer começar a assistir.

Cheguei em Paris com 12 graus e quando passei pelo controle de passaporte, o policial só verificou se estava válido. Não me deu o carimbo do visto. Achei estranho, mas como esse povo é muito mal humorado, não questionei. Ou receberia o carimbo mais à frente ou quando chegasse em Amsterdã.

Embarquei novamente, cheguei na Holanda, passei pela alfândega em Amsterdã e nada. Ou seja, entrei na Europa sem visto. Estou ilegal! Conversei com alguns policiais holandeses no aeroporto e eles disseram que não haveria problema. Bastaria mostrar o meu ticket de embarque em São Paulo com minha data de chegada em Paris.

Ahh... mais um detalhe que já ia esquecendo. Eu cheguei em Amsterdã, minha mala não.

Dormindo em Guarulhos

Saí de Manaus na 6a às 00:25. Tive aquele sono leve no avião. Cheguei em São Paulo moído e fui recebido por uma temperatura de 14 graus. Minha conexão só sairia às 16:30. Precisava dormir. Descobri um serviço legal em Guarulhos. Chama-se Fast Sleep. Um hotel que aluga quartos por hora. Na verdade são cabines de 4,5m2 com um beliche. Tem TV e acesso à Internet. Também é possível tomar banho.

Salvou minha vida. Dei uma boa dormida e ainda tomei uma ducha. No final, o preço é salgado (R$126,00), mas foi de muito valor. Se tivesse ficado esperando no saguão do aeroporto, estaria quebrado logo no começo da viagem

Na correria

Saí correndo, mal tive tempo de avisar as pessoas. Estou em uma "tour" pela Europa de dez dias. Na maior parte a trabalho, mas não deixa de ser bom. Vou a Groningen (Holanda) para um congresso, depois vou para Ulm (Alemanha) para trabalhar e no fim passo em Paris para conhecer a cidade luz e encontrar essa amiga aqui.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

À procura de um nome

Estamos juntos há uns 3 anos. Na bagagem muito estúdio e pouco show. Entrou integrante, saiu integrante, uns ensaiaram só uma vez, outros ficaram só na promessa. Já tivemos convidados, visitas, pessoas ilustres. Não tínhamos estilo, não tínhamos formação, não tínhamos repertório.

Hoje somos nós 3. Temos um estilo. Temos uma cara. Temos identidade. Cada um sabe o que tem que fazer. Cada um sabe o que o outro vai fazer. A confiança é mútua. O som está fluindo. Está intenso. Está sincero.

Mas ainda nos falta uma coisa antes de botar a cara a tapa por aí. Um nome. Precisamos de um nome...

domingo, 8 de junho de 2008

Pensamentos baratos

Queria escrever sobre a realidade, mas isso já tenho feito.
Queria escrever sobre o futuro, mas não consigo imaginá-lo.
Queria escrever sobre agora, mas está tudo igual.
Queria escrever sobre sobre ela, mas não quero soar piegas.

Queria escrever música, mas as melodias não combinam.
Queria escrever letra, mas não passo da primeira estrofe.
Queria escrever um livro, mas não imagino nem o assunto.
Queria escrever, só escrever...