quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Agora vai

Se tudo der certo, ficarei ausente nos próximos 20 dias :-)

As praias do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e da Paraíba nos esperam.

Tchau.

São Lourenço

Estou em São Lourenço pela primeira vez. Passei por perto quando fui a São Tomé das Letras há alguns anos atrás, mas não entrei. Dessa vez vim para passar alguns dias.

O caminho para cá é bem saudoso. Por anos peguei a Dutra e a subida da serra até a Garganta do Registro, onde há a estrada que dá acesso à parte alta do Parque Nacional de Itatiaia. Muitas aventuras e muitas escaladas pelas Agulhas Negras e Prateleiras. Agora resta saudade.

Como todo turista que passa por aqui, fui visitar o Parque das Águas. Provei um monte e não gostei de nenhuma delas. Fazer o que, né? :-)

Para conhecer a cidade, minha guia me levou para uma volta de bicicleta. Em pouco mais de uma hora já tínhamos rodado quase tudo e voltamos para casa.

Passadas todas as festas natalinas, era hora de explorar a região. Eu, Bruna e Fernanda pegamos o carro e fomos rumo às cachoeiras locais. Dirigimos até Baependi, a 30km daqui.

Chegamos na pequena cidade e pegamos uma estrada de terra. Depois de 10 minutos, já era possível ver inúmeras quedas d'água na paisagem ao longe.


Nosso primeiro destino seria o caldeirão, uma cachoeira bem escondida e de difícil acesso. Depois de cerca de uma hora andando e se perdendo pelas bifurcações da estrada, conseguimos encontrá-la. Valeu a insistência. Havia um par de barracas de camping, mas nenhum sinal das pessoas. Aproveitamos a água congelante e a beleza do lugar sozinhos.

Fernanda apresenta o caldeirão

Bruna 7 metros acima do turbilhão

Depois de algum tempo, resolvemos procurar outra cachoeira. Por meio de algumas fotos que vimos coladas na parede de um bar local, escolhemos Itaúna, cachoeira que leva o mesmo nome da famosa praia de Saquá.

Dessa vez encontramos o lugar um pouco mais cheio, mas sem farofeiros. O forte sol foi um convite para um novo mergulho.




Conforme o tempo foi passando, mais gente chegava. Era hora de partir. Resolvemos dar um pulo em Caxambu antes de retornar a São Lourenço. Lá visitamos outro parque d'águas e rodamos pela cidade de carro. O sol realmente estava forte e o dia terminando. Resolvemos voltar para casa.

Fica como sugestão: ao invés de fazer o óbvio por aqui, os visitantes devem procurar as inúmeras cachoeiras da região.

Precisamos voltar com mais tempo.

Parêntesis

Vai ter gente d'além mar muito feliz por encontrar novos posts aqui.

Tá vendo, meu amigo, dei um jeito de colocar coisas novas para você poder ler :-)

Início

Comecei minhas férias indo para o Rio (só para variar). Com um atraso de 3 horas e meia do vôo e muita confusão (viva o Brasil!), conseguimos chegar à cidade maravilhosa.

Como de costume, muita correria. Vários parentes e amigos para visitar. Pouco tempo para descansar. A solução foi ir para São Lourenço em busca de paz, ar puro e muita natureza.

Quebra de promessa

Prometi a mim mesmo que durante minhas férias não iria sentar na frente de um computador (a não ser para baixar as fotos da máquina fotográfica para o pen drive). Infelizmente já quebrei a promessa na 1a semana. Tive que vir a uma LAN house para resolver alguns pequenos pepinos. Vou aproveitar para colocar alguma coisa nova aqui.

Liberdade

Finalmente estou livre. Toda aquela preocupação que outrora tinha, agora não tenho mais. Deixei todos os problemas para trás. Agora é aproveitar ao máximo cada momento. Estou de férias.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Mini aventura amazônica

No último final de semana partimos para uma mini aventura pelas terras amazônicas. A idéia era ir de carro até Novo Airão para visitar os botos, parando pela estrada sempre que os aventureiros achassem que valeria a pena.

Sem stress algum, saímos de casa no sábado às 10:00 com destino à balsa do São Raimundo, onde atravessaríamos o Rio Negro para pegar a estrada. A fila de carro não era das maiores e após cerca de meia hora conseguimos embarcar.


Durante a travessia, tivemos um breve encontro com uma chuva forte, que foi embora na hora do desembarque. Depois de 30 minutos de viagem chegamos ao outro lado do rio e pegamos direto a estrada na direção de Manacapuru. Nosso primeiro objetivo seria um balneário no kilômetro 23 onde há uma criação de pirarucus.


O balneário 3 irmãos é um lugar interessnte. O dono criou algumas ilhotas no curso do rio e também construiu tanques de criação de peixes, entre eles matrinxã, tambaqui e pirarucu. Em cada ilhota ficam mesas onde o restaurante local serve suas refeições. Como já era previsto, comemos um pirarucu frito (única opção desse peixe no dia).




Já banhados e almoçados continuamos nosso caminho pela estrada. Estrada essa bem razoável por sinal. Conseguíamos manter uma média 90 a 100 km/h. Depois de cerca de 20km entramos nos limites da cidade de Manacapuru. Apesar de ter cruzado a "fronteira", rodamos dezenas de quilômetros sem que houvesse sinal qualquer da cidade. Aí que vem um detalhe peculiar: os municípios amazônicos cobrem áreas enormes, mas as cidades propriamente ditas são bem pequenas.

Sem nenhum sinal de vida de Manacapuru e depois de 70km rodados desde a saída da balsa, chegamos ao entroncamento com a estrada que leva a Novo Airão. Desistimos de encontrar a "cidade" e entramos na nova via. Se a 1a estrada era bem satisfatória, essa segunda era melhor ainda. Apesar da falta de acostamento, o asfalto era um tapete e andar a 110km/h era algo comum. 100km nos separavam do nosso destino.

Depois de 1 hora, alcançamos Novo Airão.


Era hora de encontrar a pousada. Fomos em duas indicações e optamos pela Pousada Bela Vista. Bem perto do rio e dos botos, pareceu mais "arrumadinha". Pagamos 60 reais e ficamos num quarto com ar, frigobar e tv por assinatura.

Largamos nossa pequena bagagem no quarto e fomos visitar o flutuante onde os botos aparecem. A visita é regulada, tem horários e os botos só podem ser alimentados com peixes fornecidos pelo restaurante (que cobra R$15,00 por um prato com alguns pedaços).

Não havia nenhum turista quando chegamos. Recebemos a dica de alguns moradores que apenas bastava mexer na água para que os botos aparecessem. E assim foi feito. Prontamente lá estavam inúmeros deles. Sem alimento em nossas mãos, apenas fazíamos o movimento simulando a alimentação e eles pulavam tentando abocanhar algum peixe.



A visita dos botos é realmente fascinante. Um real espetáculo da natureza.

À noite fomos dar uma volta pela pacata cidade em busca de alguma coisa para comer. Não existem muitas opções de restaurante e os poucos que têm não são lá muito apetitosos. De qualquer maneira paramos em um e comemos um bolinho de tucunaré e depois um tucunaré com um molho escabeche.


No dia seguinte, acordamos e fomos tomar café. O refeitório da pousada tinha uma senhora vista.


O destino do dia seria Anavilhanas, um arquipélago fluvial que existe do outro lado do rio. Mas antes demos um pulo para visitar os botos mais uma vez. Dessa vez, o flutuante estava infestado de turistas oferecendo peixe para eles. Foi um frenesi. Os botos pulavam sem parar em busca do fácil alimento.

Antes de sair da pousada, combinamos com um barqueiro que cobrou 40 pratas a hora. Foram cerca de 2 horas com paisagens magníficas.







Depois do passeio, voltamos para a pousada, levantamos acampamento e pegamos a estrada. Próxima parada foi um pesque e pague 8 quilômetros após sair da cidade. Depois de muita luta consegui pegar uma matrinxã que foi preparada na brasa. Almoço delicioso.

No caminho de volta decidimos ir a Manacapuru, a princesinha do Solimões. Fomos no centro de atendimento ao turista (cat) e nos informamos sobre alguns pontos para visitar. Conseguimos uma bela vista do Solimões:


Agora nos restavam mais 70km de estrada até chegar às balsas. Depois de 50 minutos de estrada, encontramos uma fila enorme para embarcar. Demos sorte com a chegada de 3balsas quase que simultaneamente e ficamos apenas 20 minutos esperando. Atravessamos o rio e estávamos mais uma vez em Manaus.

A viagem foi muito boa. Nem um pouco cansativa. Pedida obrigatória para todos que moram em Manaus.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Desgosto

Política em geral é nojento. No Brasil a coisa consegue ser pior. Temos acompanhado nas últimas semanas a batalha nos corredores do senado pela manutenção da CPMF. Pois bem, como é de conhecimento de todos, na madrugada de 4a para 5a, o tema finalmente foi levado a votação e o imposto não foi prorrogado.

Eu, com meu ideal pequeno-burguês, deveria estar feliz, afinal a taxa tributária cairá e me desafogará um pouco. Porém, diante de todo o cenário que se formou, o único sentimento que me tomou foi a indignação.

A votação foi praticamente uma briga de gangues. Não havia outro objetivo de nenhuma das partes senão destruir o inimigo. Nada além disso.

A oposição, que no passado criou o imposto, nos últimos tempos lutou com todas as forças para acabar com ele. O porquê? Deveria ser para aliviar o povo, mas em momento algum isso foi levado em consideração. O único motivo era enfraquecer o governo e seus aliados. E por isso houve comemoração. Objetivo alcançado.

A situação, que outrora fora oposição e brigara para a não existência do imposto, agora justifica que sem ele o país passará por sérias dificuldades, já que deixará de arrecadar cerca de 40 bilhões de reais por ano. Como solução anuncia a criação de novos impostos para 2008.

Os interesses do povo são deixados de lado para que os políticos sejam beneficiados. Não existe mais a idéia de governar para o país. Eles governam para os próprios partidos, para os próprios bolsos.

Infelizmente é essa a realidade de nosso governo. Nosso não, do Brasil. Me recuso a admitir que essa corja me governa. Ninguém pensou em enxugar contas públicas, diminuir gastos, reformar a previdência. Não é interesse deles. Com menos dinheiro público, teríamos menos mensalões, menos propinodutos, menos cuecas e malas, menos dinheiro ilícito entrando em seus bolsos.

Esse sentimento de indignação não é apenas meu. A bolsa de valores de São Paulo reagiu mal ao anúncio do corte do imposto pelo simples fato de acreditar que isso pode acarretar em não pagamento de nossa dívida. Um absurdo! A coisa mais normal seria a animação dos investidores em pagar menos impostos e poder investir mais seu capital. O descrédito é generalizado.

Em qualquer país a diminuição de impostos é vista com bons olhos. O Brasil conseguiu mais uma façanha.

Repetição

Há pouco escrevi que meus temas estavam recorrentes demais e que gostaria de falar sobre outras coisas. Infelizmente não consigo. Por isso terei que me repetir.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Fases e personagens

Para aqueles que lêem esse blog com alguma freqüência, é possível perceber que ele passa por fases. E cada fase traz consigo um personagem específico. É bem verdade que em certos momentos esses personagens se aproximam muito de mim, mas no fundo são só personagens.

Já tive fases filosóficas, com ensaios e devaneios, já tive fases políticas, fases depressivas, fases viajante e fases de roqueiro. Não há um padrão muito definido.

Na verdade ando um pouco cansado de todas essas fases. Já esgotei boa parte da inspiração para falar delas. Quero poder falar de algo novo. Mas, no fundo, acho difícil conseguir fugir muito do que eu já ando escrevendo.

Paciência.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O show do ano

Não pude cobrir o show do Police porque estava em Manaus para assistir ao primeiro show da Zoada's Band no Brasil. A chuva, que pensei que seria minha companheira, não apareceu. Durante os 60 minutos de puro rock 'n roll, fomos brindados com um sol verdadeiramente tropical.

Já nos primeiros acordes (para lá distorcidos) da guitarra de B.B. Milk em Proud Mary, dava para perceber que aquela seria uma tarde diferente... seria uma tarde de rock no meio da floresta amazônica.

Cada música que vinha era um soco no estômago da mesmice. Um desfile de clássicos, na sua maioria em novas versões, que fizeram a cabeça do público. Hard to handle e Sunshine of your love funcionaram como um pé na porta. A banda definitivamente anunciava sua chegada.

A voz rasgada e bêbada e o baixo de Juju, junto com a batera de Tonho fizeram o chão tremer. A versão de Messias pessoal (em homenagem a todas as solteiras da festa, como gritou Juju) mostrou que algo diferente estava acontecendo.

A essa altura, o público já havia sido conquistado. Terreno preparado para a banda fazer com que os bons tempos voltassem.

O setlist que apresentei na matéria anterior estava quase correto. Apenas uma inversão entre Dimension e Messias Pessoal. Pouco importa. Só fez com que o show fluísse melhor.

A apoteose veio no final. Clássicos da música brasileira enfileirados. E quando a galera pediu Raul, recebeu em troca Rock das Aranhas e Pastor João (só para iniciados). O público veio abaixo.

Foi a catarse coletiva. O delírio completo. Um fechamento com chave de ouro nesse ano de 2007. Como delirou o engenheiro de som do show: "Curto, porém sincero".

Já estão circulando gravações piratas na internet (como a mostrada abaixo), mas é esperado o lançamento desse show em DVD. Por isso, o guitar hero B.B. Milk pede para que os fãs esperem pelo material oficial da banda e não adquiram produtos piratas (que podem inclusive danificar seu aparelho de som).

A banda agora entra de férias e volta aos ensaios no começo do ano que vem.

E seguindo o lema da banda: Long live rock!!!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Amanhã é dia de zoada

Amanhã vai haver a estréia em terras tupiniquins da Zoada's Band. A Zoada's é formada por Juju (vocais e baixo), BB Milk (guitarra e vocais), Tonho da Batera (nas baquetas). O show vai acontecer no hotel de Selva Tiwa, em Manaus.

Pesquisei e encontrei o setlist da banda nos shows de Santiago e Buenos Aires, e pelo visto, ele deve ser repetido por aqui.

- Proud Mary
- Hard to handle
- Dimension
- Sunshine of your love
- Messias pessoal
- Cocaine
- Ride on pony
- Wicked game
- Soldier of love
- Something Else
- Pode vir quente/Louras Geladas/Hit the road
- Simca Chambor/Rock das aranhas/Pastor João

Conversei por telefone com o guitar hero BB Milk e ele falou que o show promete. Presença confirmada até agora só da chuva. O show tem tudo pra se transformar num segundo Woodstock.

Os ingressos já estão esgotados. Para aqueles que não garantiram o seu, resta esperar por uma nova aparição dessa super banda.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A auto biografia de Deus

Quando viajo, tenho períodos férteis em literatura. Nessa última devorei alguns livros. O problema é que quando chego em Manaus, outros atrativos me tiram a atenção e meu ritmo de leitura cai praticamente para zero. E dessa vez não foi diferente.

Comecei a ler a auto biografia de Eric Clapton mas não terminei ainda. Mesmo assim gostaria de registrar algumas passagens interessantes e outras que ficaram faltando no livro.

Para quem gosta de música, principalmente blues, e toca guitarra, a boca chega a salivar. Eric conta como ganhou seu primeiro instrumento e fala dos tempos que começou a aprender a tocar.

Conta também três passagens memoráveis para os amantes do bom e velho rock 'n roll. A primeira é a filmagem do Rock 'n Roll Circus dos Stones, em que toca guitarra em Yer Blues, numa banda chamada (Dirty Mac), formada simplesmente por John Lennon (voz e guitarra), Keith Richards (baixo), Mitch Mitchell (bateria) e Eric Clapton (guitarra).

A segunda, a que causa verdadeiro arrepio, é a história da gravação de While my guitar gently weeps dos Beatles, em que é chamado para assistir a gravação e que quando chega no estúdio é convidado por George Harrison para tocar. É um dos solos mais marcantes da história do Rock, gravado em uma tomada só e usando uma guitarra do próprio George.

E a terceira também é de deixar os cabelos em pé. Conta o caso em que John Lennon iria fazer um show em NY e convida Eric às pressas no aeroporto de Londres, sem tempo para ensaiar. A solução foi embarcar com violões e tocar algumas músicas em pleno vôo, na 1a classe do avião. Imagine você, voando de Londres para Nova York de 1a classe e John Lennon e Eric Clapton tocando algumas músicas ao seu lado!!!

As falhas do livro são pontos técnicos. Em nenhum momento Eric conta como escolheu seus instrumentos e nem quando trocou de Gibson Les Paul para a sua famosa Fender Strato.

A história gira muito em torno de mulheres, drogas e música. Conta sobre o Yardbirds, Cream e de outras bandas formadas durante sua carreira. É um bom livro que deve ser lido ao som de blues.

sábado, 17 de novembro de 2007

O poder do sol

Esqueci de comentar que além de todas essas horas de vôo e de aeroporto, ainda tem o efeito do fuso horário. O corpo fica completamente perdido. A cabeça dói, o cansaço aparece. Mas a coisa piora quando começa a escurecer. Neste exato momento estou escrevendo do aeroporto Charles de Gaulle em Paris. Tecnicamente para mim já é domingo, mais precisamente 1:35 da manhã. Aqui em Paris ainda são 17:35 de sábado e o sol começa se pôr.

É agora que sou lembrado que já deveria estar dormindo, é agora que a coisa começa a piorar para mim. Infelizmente tenho que lutar contra o cansaço e o sono e tentar me manter ao máximo acordado, porque daqui a pouco sofrerei mais 5 horas de atraso no meu fuso. E já será domingo. :-(

Diogo Mainardi mais uma vez

Tenho sido alvo de críticas por falar bem do Diogo Mainardi. As pessoas estão confundido as coisas. Eu não sou fã dele. Na verdade, acho o cara um palhaço. Mas um palhaço com estilo, com boas idéias, com um sarcasmo sensacional. Ele virou uma personagem, só que muita gente ainda não percebeu isso.

Li os últimos dois livros dele, ambos baseados nas suas colunas de Veja. Gostei mais do primeiro, onde ele critica a tudo e a todos, sempre de forma bem humorada. O segundo é uma perseguição declarada ao governo Lula e ao PT. Às vezes se torna chato, cansativo. Um monte de documento levantado por ele, tentando mostrar que o nosso governo atual é corrupto. Se fosse para saber sobre isso, não leria seu livro. Não precisaria.

O legal é o sarcasmo, as tiradas bem humoras, e isso vem em doses menores nesse último livro. De qualquer forma, as poucas que têm me provocaram risos.

O fato é que ele conseguiu chamar a atenção e de uma forma muito difícil de ser contestada. Isso irrita a todos. Já me irritou inclusive. Hoje eu me divirto. Vocês estão perdendo a piada.

Investindo em conhecimento

Os modelos econômicos vem mudando durante a História. Antigamente ter terras significava dinheiro, o maior bem produzido era a matéria-prima. Em seguida, descobriu-se que se essa matéria-prima fosse trabalhada, poderia se agregar valor e aumentar os lucros. Veio então a manufatura. Henry Ford percebeu que a manufatura já não era boa o suficiente e a otimizou, criando a linha de produção. Por décadas, países se desenvolveram com instalações fabris. Durante esse tempo, esse modelo era referência, mas as coisas já mudaram. Vocês não perceberam? Pois os coreanos sim.

Na minha época de colégio, quando o mundo era dividido em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, lembro claramente que a Coréia, bem como o Brasil, pertenciam ao segundo grupo. No decorrer dos tempos, a Coréia passou a fazer parte do grupo então chamado Tigres Asiáticos. Hoje a Coréia é um país de primeiro mundo e nós continuamos em desenvolvimento.

Pode parecer algo muito complicado de se explicar, mas no entanto não é. Na verdade é bem simples. A palavra chave é investimento. Mas no Brasil não houve investimento? Lógico que houve, talvez até mais que na Coréia, mas na área errada. Enquanto na terra tupiniquim acreditava-se (e ainda se acredita) que fábrica é sinal de desenvolvimento, a Coréia passou a investir em conhecimento.

Rios de dinheiros foram direcionados para pesquisa e desenvolvimento, investiram em capital humano, em educação. Hoje a realidade é um salto impressionante na quantidade de artigos científicos publicados e na entrada de pedidos de patentes em órgãos do mundo todo. Fui testemunha ocular do reflexo dessas ações. Fui testemunha ocular do estado desenvolvido de uma nação.

A Coréia conseguiu atingir esse desenvolvimento preservando toda as suas raízes culturais. Do ponto de vista social é muito mais desenvolvida do que muito país europeu. Não se vê pobreza, não há problema com violência, transporte público de qualidade, povo bem educado e dinheiro, muito dinheiro...

E enquanto isso no Brasil, os estados brigam para trazer mais uma fábrica, para empregar um punhado de trabalhador, sempre uma solução paleativa.

Mas como podemos investir em conhecimento se nosso líder máximo é uma referência de ignorância. Quando um líder sindical vai privilegiar conhecimento em detrimento a fábricas? Seremos sempre quintal dos outros. Seremos sempre uma Malásia, uma China sub-desenvolvidas. E seremos felizes assim :-)

Despedida

Está na hora de voltar. Encarar uma baita viagem ao redor do mundo, mais de 30 horas dentro de avião, outras tantas esperando em aeroportos por conexões. Não tem muito o que se fazer. Agora é terminar de ler os livros que trouxe e torcer para conseguir internet e energia nas salas de espera.

A experiência na Coréia foi interessante. Profissionalmente valeu muito. Pessoalmente também. Fazendo um paralelo com a China, as únicas coisas em comum são a falta de pessoas falando inglês e as comidas estranhas.

Na China houve mais coisa para visitar, mas acho que a Coréia me surpreendeu mais com seu desenvolvimento.

Vamos ver se na próxima eu paro no Japão :-)

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Na Coréia 5 graus

O tempo, apesar de sempre bonito aqui, esfriou. Chegou a uns 5 graus. Mas isso do lado de fora, porque no meu quarto fica no mínimo 25 graus (e máxima de 32). Com esse marzão no fundo, dá até para enganar :-)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

As cores da Coréia - parte 2

Asiático gosta muito de luzes coloridas. Aqui na Coréia não é diferente. Tentei tirar algumas fotos de noite para dar uma noção, mas não ficaram muito boas. De qualquer maneira, resolvi colocar aqui.





terça-feira, 13 de novembro de 2007

As cores da Coréia

Dizem que estou visitando a Coréia justamente na melhor época do ano, ou seja, no outono. Nessa época, as árvores começam a mudar de cor e dão um colorido ao país. Resolvi colocar algumas dessas imagens que captei aqui.













Caminhada por Geumjeongsan

Lembram das trilhas que eu falei? E da legião de coreanos indo em busca delas? Pois é, depois de conhecer Beomeosa, fui encarar a travessia de Geumjeongsan. A trilha é muito aberta devido às milhares (eu disse milhares!!!) de pessoas que passam por ela no final de semana. Por isso, não é tão legal. Vale pelas vistas e pela idéia de acompanhar o muro que corta a montanha de norte a sul.






Durante a caminhada, passei por alguns pontos de observação, como esse abaixo:


Além disso, algumas vistas bem legais.






Depois de cerca de 4 horas andando, cheguei ao final da trilha e peguei um bondinho até o pé da montanha. Com a quantidade de coreano que tinha lá em cima, era de esperar mais um amontoado dentro do bondinho.


Meu plano final, depois de uma longa caminhada, era relaxar numa casa de banho que existe perto da estação do bondinho, casa de banho essa que é considerada a maior da Ásia. Chegando lá, refuguei. Achei que se tratava de piscinas com jatos de massagem, famílias reuniadas... nada disso, era homem para um lado, mulher para o outro e todo mundo nu num tanque. Não curti a idéia e me mandei de volta para Masan.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O templo de Beomeosa

No domingo de manhã parti para visitar o tempo de Beomeosa, o monumento mais importante de Busan. Uma hora de ônibus mais uma de metrô me fizeram chegar lá. O interessante é que do templo partem várias trilhas para diversos lugares nas montanhas da cidade. É impressionante a quantidade de "aventureiros" coreanos que tomam esse rumo no final de semana.

O templo foi realmente o melhor ponto de Busan. Trata-se de um complexo budista com inúmeras construções. O interessante é que há cerimônias religiosas abertas a todos que queiram participar. Então além de visitar é possível "salvar a alma".















Sangue Latino

Jurei mentiras
e sigo sozinho
assumo os pecados
os ventos do norte
não movem moinhos
e o que me resta
é só um gemido.

Minha vida, meus mortos
meus caminhos tortos
meu sangue latino
minha alma cativa.

Quebrei a lança
lancei no espaço
um grito, um desabafo
e o que me importa
é não estar vencido.

Minha vida, meus mortos
meus caminhos tortos
meu sangue latino
minha alma cativa.

domingo, 11 de novembro de 2007

Indo e vindo

O fato de uma cidade não ser turística na Ásia significa que poucas pessoas falam inglês e as informações na maioria das vezes está escrita na língua do país, com seus próprios caracteres. Em Busan, muita coisa é assim. Para minha sorte, o metrô não. Com ele rodei para todos os cantos da cidade sem maiores dificuldades. Sem dúvida alguma, é um ótimo meio de transporte.

O maior mercado de peixe do mundo

Estava começando a perceber que Busan não tem tantos atrativos quanto pensei, já que é uma cidade basicamente portuária. Depois de sair de Hae-undae, decidi conhecer o maior mercado de peixes da Coréia, chamado Jagalchi. Tem de tudo lá. Lula, crustáceos, peixes grandes, pequenos tubarões, polvos, moluscos. Sem mais delongas, vamos às fotos: