segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Caminho suave

Como a maioria de vocês deve saber, sou judoca. Há 8 anos pratico o esporte, os 5 primeiros no Rio e os últimos 3 em Manaus. Sou um apaixonado pelo esporte. Assisto tudo, me envolvo com competições e clínicas. Sempre que rola alguma coisa aqui em Manaus, estou dentro. Dependendo do tamanho do evento, sou capaz de viajar para assistir. Assim foi com os Jogos Pan-americanos e agora com o Mundial, ambos no Rio. Acabo de voltar do último. A competição envolveu em torno de 800 atletas e mais de 130 países. Muita coisa boa.

No 1o dia assiti a duas medalhas brasileiras: um bronze com o João Gabriel Schlitter e um ouro com o Luciano Corrêa. Medalhas eram esperadas para esse dia, já que o Luciano havia sido bronze no último mundial, e assim aconteceu...

No dia seguinte era dia de assistir a dois vice-campeões olímpicos, Carlos Honorato e Tiago Camilo. O primeiro notadamente fora de forma, havia ganho a vaga através de uma manobra política, e por causa de um pouco de sorte (seu maior adversário nas seletivas brasileiras, Hugo Pessanha, se machucou). Totalmente despreparado, deu no que deu. Perdeu na primeira luta e não voltou mais. Já Tiago Camilo arrebentou. Ganhou as sete lutas por ippon, todos muito rápido. Se fosse futebol, teria sido uma sonora goleada. Delírio total da galera.

No terceiro dia era a vez de ver um campeão mundial (João Derly) e um medalhista olímpico (Leandro Guilheiro). Leandro é quase tão talentoso quanto o Tiago mas falta atitude de campeão. Parece lutar sem vontade. Resultado: caiu fora rápido. João Derly foi bi-campeão mundial com um judô muito eficiente. Que venham os jogos olímpicos.

No último dia, nenhuma surpresa. Os brasileiros não eram favoritos e foram mal. No máximo um 5o lugar do Daniel Hernandes na categoria absoluto.

As mulheres foram um vexame total. Depois de toda festa dos jogos Pan-americanos, onde pegaram atletas muito fracas, o mundial veio para pôr-las de volta à realidade. Não teve capuz sobre a cabeça da Edinanci, não teve comemoração histérica da técnica Rosecléia. Técnica é maneira de dizer. Lamentável... ela ao lado do Shinohara (técnico da seleção masculina) parece brincadeira de mau gosto, tamanha incompetência. Deveriam criar a função de animadora de atleta. Talvez se saísse melhor.

Por último gostaria de falar do Japão. Potência máxima do judô, sempre vai com grande número de torcedores para as competições, e dessa vez não foi diferente. Torcida animada e educada. Um barato. No dojô, o judô só apareceu no último dia, quando ganharam 3 medalhas de ouro. De qualquer forma, sempre mostram um judô clássico, de grandes golpes.

Tirei poucas fotos. As melhores eu coloquei aqui em baixo.







3 comentários:

Raphael Alves disse...

É, o judô brasileiro tem encantado. Não pratico há tanto quanto vc e infelizmente parei esse ano por motivos financeiros, mas desejo voltar logo, tão logo retorne a Manaus...
Jita Kyoei, amigo!

Rocha disse...

FALA AMIGO!

Pensei que voce não ia escrever mais...
De volta a realidade? mande noticias, um abraço forte!

Ogro disse...

Foi show de bola. Gostei de ter assistido ao vivo, mesmo que poucas lutas.
Deu vontade de voltar a praticar.