terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Mini aventura amazônica

No último final de semana partimos para uma mini aventura pelas terras amazônicas. A idéia era ir de carro até Novo Airão para visitar os botos, parando pela estrada sempre que os aventureiros achassem que valeria a pena.

Sem stress algum, saímos de casa no sábado às 10:00 com destino à balsa do São Raimundo, onde atravessaríamos o Rio Negro para pegar a estrada. A fila de carro não era das maiores e após cerca de meia hora conseguimos embarcar.


Durante a travessia, tivemos um breve encontro com uma chuva forte, que foi embora na hora do desembarque. Depois de 30 minutos de viagem chegamos ao outro lado do rio e pegamos direto a estrada na direção de Manacapuru. Nosso primeiro objetivo seria um balneário no kilômetro 23 onde há uma criação de pirarucus.


O balneário 3 irmãos é um lugar interessnte. O dono criou algumas ilhotas no curso do rio e também construiu tanques de criação de peixes, entre eles matrinxã, tambaqui e pirarucu. Em cada ilhota ficam mesas onde o restaurante local serve suas refeições. Como já era previsto, comemos um pirarucu frito (única opção desse peixe no dia).




Já banhados e almoçados continuamos nosso caminho pela estrada. Estrada essa bem razoável por sinal. Conseguíamos manter uma média 90 a 100 km/h. Depois de cerca de 20km entramos nos limites da cidade de Manacapuru. Apesar de ter cruzado a "fronteira", rodamos dezenas de quilômetros sem que houvesse sinal qualquer da cidade. Aí que vem um detalhe peculiar: os municípios amazônicos cobrem áreas enormes, mas as cidades propriamente ditas são bem pequenas.

Sem nenhum sinal de vida de Manacapuru e depois de 70km rodados desde a saída da balsa, chegamos ao entroncamento com a estrada que leva a Novo Airão. Desistimos de encontrar a "cidade" e entramos na nova via. Se a 1a estrada era bem satisfatória, essa segunda era melhor ainda. Apesar da falta de acostamento, o asfalto era um tapete e andar a 110km/h era algo comum. 100km nos separavam do nosso destino.

Depois de 1 hora, alcançamos Novo Airão.


Era hora de encontrar a pousada. Fomos em duas indicações e optamos pela Pousada Bela Vista. Bem perto do rio e dos botos, pareceu mais "arrumadinha". Pagamos 60 reais e ficamos num quarto com ar, frigobar e tv por assinatura.

Largamos nossa pequena bagagem no quarto e fomos visitar o flutuante onde os botos aparecem. A visita é regulada, tem horários e os botos só podem ser alimentados com peixes fornecidos pelo restaurante (que cobra R$15,00 por um prato com alguns pedaços).

Não havia nenhum turista quando chegamos. Recebemos a dica de alguns moradores que apenas bastava mexer na água para que os botos aparecessem. E assim foi feito. Prontamente lá estavam inúmeros deles. Sem alimento em nossas mãos, apenas fazíamos o movimento simulando a alimentação e eles pulavam tentando abocanhar algum peixe.



A visita dos botos é realmente fascinante. Um real espetáculo da natureza.

À noite fomos dar uma volta pela pacata cidade em busca de alguma coisa para comer. Não existem muitas opções de restaurante e os poucos que têm não são lá muito apetitosos. De qualquer maneira paramos em um e comemos um bolinho de tucunaré e depois um tucunaré com um molho escabeche.


No dia seguinte, acordamos e fomos tomar café. O refeitório da pousada tinha uma senhora vista.


O destino do dia seria Anavilhanas, um arquipélago fluvial que existe do outro lado do rio. Mas antes demos um pulo para visitar os botos mais uma vez. Dessa vez, o flutuante estava infestado de turistas oferecendo peixe para eles. Foi um frenesi. Os botos pulavam sem parar em busca do fácil alimento.

Antes de sair da pousada, combinamos com um barqueiro que cobrou 40 pratas a hora. Foram cerca de 2 horas com paisagens magníficas.







Depois do passeio, voltamos para a pousada, levantamos acampamento e pegamos a estrada. Próxima parada foi um pesque e pague 8 quilômetros após sair da cidade. Depois de muita luta consegui pegar uma matrinxã que foi preparada na brasa. Almoço delicioso.

No caminho de volta decidimos ir a Manacapuru, a princesinha do Solimões. Fomos no centro de atendimento ao turista (cat) e nos informamos sobre alguns pontos para visitar. Conseguimos uma bela vista do Solimões:


Agora nos restavam mais 70km de estrada até chegar às balsas. Depois de 50 minutos de estrada, encontramos uma fila enorme para embarcar. Demos sorte com a chegada de 3balsas quase que simultaneamente e ficamos apenas 20 minutos esperando. Atravessamos o rio e estávamos mais uma vez em Manaus.

A viagem foi muito boa. Nem um pouco cansativa. Pedida obrigatória para todos que moram em Manaus.

3 comentários:

Rocha disse...

Voce de guia claro de bernuda azuk e canisa dryfit mamãe sou gay!
Ainda vou ai em manaus só para dar essa banda!um forte abraço e saudades !

Ogro disse...

Belas fotos.
Até a que você aparece de costas não ficou ruim... graças ao boto, claro.
Semana que vem tem mais blues aqui no Rio.
Abraço.

Anônimo disse...

Adorei as fotos! Profissa rsrs
Até que a idéia de ir a Novo Airão foi Muito boa ; )