sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Desgosto

Política em geral é nojento. No Brasil a coisa consegue ser pior. Temos acompanhado nas últimas semanas a batalha nos corredores do senado pela manutenção da CPMF. Pois bem, como é de conhecimento de todos, na madrugada de 4a para 5a, o tema finalmente foi levado a votação e o imposto não foi prorrogado.

Eu, com meu ideal pequeno-burguês, deveria estar feliz, afinal a taxa tributária cairá e me desafogará um pouco. Porém, diante de todo o cenário que se formou, o único sentimento que me tomou foi a indignação.

A votação foi praticamente uma briga de gangues. Não havia outro objetivo de nenhuma das partes senão destruir o inimigo. Nada além disso.

A oposição, que no passado criou o imposto, nos últimos tempos lutou com todas as forças para acabar com ele. O porquê? Deveria ser para aliviar o povo, mas em momento algum isso foi levado em consideração. O único motivo era enfraquecer o governo e seus aliados. E por isso houve comemoração. Objetivo alcançado.

A situação, que outrora fora oposição e brigara para a não existência do imposto, agora justifica que sem ele o país passará por sérias dificuldades, já que deixará de arrecadar cerca de 40 bilhões de reais por ano. Como solução anuncia a criação de novos impostos para 2008.

Os interesses do povo são deixados de lado para que os políticos sejam beneficiados. Não existe mais a idéia de governar para o país. Eles governam para os próprios partidos, para os próprios bolsos.

Infelizmente é essa a realidade de nosso governo. Nosso não, do Brasil. Me recuso a admitir que essa corja me governa. Ninguém pensou em enxugar contas públicas, diminuir gastos, reformar a previdência. Não é interesse deles. Com menos dinheiro público, teríamos menos mensalões, menos propinodutos, menos cuecas e malas, menos dinheiro ilícito entrando em seus bolsos.

Esse sentimento de indignação não é apenas meu. A bolsa de valores de São Paulo reagiu mal ao anúncio do corte do imposto pelo simples fato de acreditar que isso pode acarretar em não pagamento de nossa dívida. Um absurdo! A coisa mais normal seria a animação dos investidores em pagar menos impostos e poder investir mais seu capital. O descrédito é generalizado.

Em qualquer país a diminuição de impostos é vista com bons olhos. O Brasil conseguiu mais uma façanha.

3 comentários:

Rocha disse...

Cacete! peço perdão pelo meu post abaixo! Realmente voce me surpreende é só te dar um shock! Ja falei voce merece uma coluna na veja no lugar do porco Diogo Mainardi! hahaha Gostava de ler mais vezes suas colunas pena que não é tão frequente! Um forte abraço desse seu amigo ignobio!

Marcio

Lobo da Estepe disse...

O que importa para esta "corja" você não admitir que ela não te governa? O que você faz para mudar o cenário?

Será que greve de fome ou resistência pacífica funciona?

De nada adianta poucas pessoas gritando, escrevendo ou reclamando. Cansei...

... REVOLUÇÃO JÁ!!

Rocha disse...

Desgosto tenho eu de abrir essa porra e não ter nada novo ! hahahaha
abraços

desse seu amigo!

Marcio Rocha