quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

De Pipa a Jacumã, uma aventura de ônibus

Estava chegando ao fim nossa passagem por Pipa. Era hora de levantar acampamento e partir em direção a Jacumã, na Paraíba. Como não estávamos de carro, a saída foi ir de ônibus, tarefa simples segundo a maioria.

Ao meio-dia partimos em nossa 1a condução, um ônibus rumo a Goianinha, uma cidade que fica à beira da BR-101, ainda no Rio Grande do Norte, de onde pegaríamos a próxima condução, rumo à capital da Paraíba.

Depois de uma hora de viagem, chegamos ao nosso primeiro destino. Andamos até o ponto onde pegaríamos o próximo ônibus e esperamos. Saímos de Pipa já com a passagem Goianinha - João Pessoa comprada, então era só questão de esperar, já que nosso lugar estava garantido.

O ponto onde esperamos o segundo ônibus é muito similar àqueles de filmes brasileiros que retratam o nordeste, e nós, dois alieníginas com mochilas enormes, éramos olhados com um pouco de surpresa.

Depois de alguma espera e muitos ônibus rumo ao Rio e São Paulo passarem, eis que surge o nosso. Aquele velho ônibus era uma bela visão no meio de toda aquela poeira.

Ônibus vazio, viagem tranqüila. Em duas horas e meia chegamos à rodoviária de João Pessoa. Já eram quase 5 da tarde. Ainda nos restava mais uma condução, uma intermunicipal até Jacumã, a 20km da capital paraibana.

Mais uma vez, de mochila nas costas, andamos até um ponto de ônibus. Esse ficava a uns 400 metros da rodoviária. Fomos informados que a cada meia hora saía um. Não deu outra, meia hora depois estávamos nós e um bolo de mochilas ocupando 4 lugares no veículo.

Pelo que o pessoal da pousada falou, seria uma viagem tranqüila. É impressionante como tranqüilidade é um conceito vago. O ônibus deve ter rodado João Pessoa umas três vezes, passou por não sei quantas cidades até que mais de uma hora depois chegamos a Jacumã. Agora só restava acertar chegar na pousada em meio a um breu total.

O maior problema encontrado para conseguir concluir a missão foi que a referência que nos foi dada não existe. Pelo menos não a encontramos durante todo o tempo que estivemos lá. Resultado: fomos parar no ponto final e tivemos que ligar para pousada a fim conseguir mais informação.

Esperamos o ônibus partir para sua viagem de volta e descemos em um lugar que nos disseram ser bem perto. Para complicar, com o cair da noite e a falta de luz na rua, mal podíamos ver a 3 metros a nossa frente. Descemos do ônibus e paramos num restaurante para pedir informação. Um sujeito, com pena da nossa situação, nos guiou através de um terreno abandonado até a pousada. Finalmente chegamos, depois de umas 5 horas. E assim chegamos ao nosso destino final. Restava um bom banho, comida e cama...

Um comentário:

Anônimo disse...

'Tranquilidade' ... É bem parecido com aquilo que vc disse em relação a verdade! "Depende do ponto de vista" Hehehe. Qdo vc pergunta ao caboclo do amazonas onde fica um certo local, ele te responde é logo ali e aponto a direção com um bico nos lábios, meu bem esse logo ali... geralmente é uma pernadinha ; )
Tudo é relativo!
Mas não deixa de ser uma aventura!!! Vc tem muitas historias para contar os seus netos... E isso é muito bom!
Bjo