sábado, 13 de junho de 2009

Sobre homens, dinossauros e supermercados

Sabe aquela barriguinha e aqueles pneuzinhos indesejáveis que fazem a alegria dos cirurgiões plásticos? Pois é, nós fomos "projetados" para tê-los. Ou seja, tentar viver sem eles é ir contra nossa natureza.

Isso vem dos tempos mais primórdios, quando nossa vida era matar ou morrer, comer ou ser comido, fugindo dos velociraptores e capturando outras pequenas criaturas. Naquela época, a disputa por comida era muito complicada. Uma refeição farta poderia demorar dias para acontecer. Um tiranossauro na porta de casa poderia significar um longo período escondido, sem ver a cor do dia e sem se alimentar. Por isso, a reserva de gorduras era uma forma natural do corpo armazenar energia. Energia esta utilizada tanto para perseguir, como para fugir. Sem contar que uma caçada era algo muito mais emocionante do que nos dias de hoje, já que, apenas usando tacapes e clavas, a batalha contra um bicho gigantesco era mais árdua e perigosa. E dependendo de qual dinossauro encontrado, talvez não houvesse história para contar e nem parede de caverna para pintar depois.

Mas isso tudo mudou. Trocamos as armas de pedra por cartões de plásticos. A selva onde ocorriam as caçadas tornou-se um local com corredores cercados por prateleiras. O que fugia da gente, agora, com embalagens chamativas, pede para ser levado e saboreado. E o principal: deixamos de ser a refeição predileta de qualquer ser.

Tempos modernos, de fartura e facilidade, fazem com que paremos de utilizar o mesmo corpo de milhões de anos atrás da forma como deveríamos. Estamos lutando contra nossa natureza. Estamos engordando, indo à academia, procurando médicos e cirurgiões, morrendo com as artérias entupidas.

Que falta que faz o dinossauro nosso de cada dia...

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