Para essa corrida, treinei pouco, mas o pouco que treinei me deu bastante velocidade. Por outro lado, abri mão da resistência. Meus treinos não passaram de 10Km e senti as consequências disso na prova.
Antes de falar da prova em si, vale comentar sobre a ida para a largada. Peguei um táxi antes das 6 da manhã e encontrei meu primo. No meio do caminho, mais precisamente na Rocinha, o pneu do táxi furou e nos restou apenas pegar um ônibus, descer na Avenida das Américas e ir andando até o Pepê. Galho fraco. O foco era todo para a corrida.
O pouco que treinei me deixou com uma pulga atrás da orelha. Minha última experiência tinha sido muito ruim e isso me fez perder um pouco a confiança. Fiquei imaginando que, assim como na corrida da Ponte, eu iria sair bem e quebrar no Km14. Mas dessa vez foi diferente...
Larguei, num ritmo confortável para aquecer e fui encaixando as passadas. Consegui usar uma nova técnica para as descidas e isso me fez ganhar muito tempo em todas os declives da prova . Logo na 1a descida, dentro do túnel que dá acesso ao Elevado do Joá, música clássica compunha um clima de epopéia e superação. E assim fui, correndo sempre muito perto (às vezes abaixo) de 5min/Km.
No Km 10,5, minha torcida organizada me esperava. Mas a Bruna e minha avó estavam num papo tão interessante que mal me viram passar (por isso a falta de registros fotográficos de qualidade da minha passagem pelo Leblon).
Atravessei Leblon-Ipanema, meu local de treino, muito bem e comecei a descer a Francisco Otaviano para chegar em Copacabana já perto do Km 14. E foi aí que o drama começou.
Para quem treinou no máximo 10Km, não seria surpresa começar a sentir a prova no Km 14. E assim foi. As pernas já começavam a pesar e ainda faltavam 7 enormes quilômetros. Passei por toda Copacabana mantendo o mesmo ritmo, mas fazendo muita força e por isso paguei o preço. Daí em diante só pensava que iria desmaiar ao cruzar a linha de chegada. Atrelado a tudo isso, comecei a sentir frio!!! Sorte minha que havia um posto de hidratação à frente e os poucos goles que dei e a água que joguei na cabeça me trouxeram de volta à prova. Me arrastei até o Km 20 num ritmo de 5'30".
No último quilômetro, voltei a soltar as passadas, mais no gás do que nas forças das pernas e dei o famoso sprint final. E o resultado está aí. Bela marca, abaixo do que eu esperava. Agora é treinar melhor para o próximo e ano e derrubar mais uma barreira.
Eu e minha fotógrafa distraída
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