domingo, 31 de janeiro de 2010

Ciclo

Há algum tempo atrás, fiz uma crítica ao filme do Lula por se tratar de um projeto completamente eleitoreiro. Como bom cidadão que sou, apenas me restou boicotar a película. Outro dia estava lendo uma reportagem no jornal e me parece que não fui o único que pensou assim.

A entrevista com os responsáveis pelo filme evidenciou o fracasso e a justificativa foi, digamos, bastante inusitada. Eles lamentavam o péssimo retorno da produção por conta dos concorrentes atuais: Avatar e Alvin e os Esquilos 2.

Avatar eu até entenderia, agora justificar por causa de Alvin e os Esquilos 2 é além da conta. Aqui cabe uma pergunta: alguém soube que um dia existiu Alvin e os Esquilos 1?

Mas bem, voltando ao assunto do filme do Lula, eu tenho algumas suspeitas mais plausíveis que a citada pelos produtores para seu fracasso. Seria por conta da completa reprovação ao governo federal nas grandes cidades (onde está a maioria dos cinemas deste país)? Seria porque o eleitor do governo não tem a cultura de ir ao cinema? Seria porque estes mesmos eleitores são "comprados" pelos "bolsa qualquer coisa" da vida e ainda sim lhes faltem dinheiro para poder assistir ao filme?

Se fizermos uma pequena comparação de números, veremos que as suspeitas se mostram bastante reais. A massa eleitoral do presidente encontra-se vivendo em estado de miséria em cidades sem qualquer acesso à cultura. É o "admirável gado novo" do governo. Ou seja, apesar de conseguir comprar seus votos com os atos populistas, o governo ainda não criou as mínimas condições para que possam ir ao cinema.

E aí entramos em um ciclo sem fim. O governo toma medidas populistas mas não tira o povo da miséria e da ignorância. E o povo, por sua vez, miserável e ignorante mantém os mesmos de sempre no poder...

Um comentário:

Adriano Matos disse...

Eu assisti o filme e achei ruim. À exceção da parte ambientada no sertão pernambucano as demais cenas não convenceram muito - roteiro, interpretação, sei lá...

Acho que o fracasso de bilheteria se deve mais a esse fator técnico que à reprovação do governo Lula nas grandes capitais, o que discordo.

Abração e é 13 mais uma vez!