domingo, 9 de agosto de 2009

Da Terra ao Céu e à Terra Novamente

Pois é... aqui estou novamente. Então parece que deu tudo certo :-)

O salto que estava marcado para o sábado, só rolou no domingo. Isso porque o paraquedista que iria comigo estava fazendo outro salto e perdemos nossa vez no avião. Até rolava de fazer o último salto do dia, mas como a Cris queria fazer uma filmagem, já estava escurecendo, deixamos um outro grupo de amigos ir no nosso lugar e adiamos o nosso para o dia seguinte.

Virado o dia, era nossa vez de saltar. Entramos num avião para 15 pessoas, um Cessna Caravan, próprio para paraquedismo. A subida não é muito confortável. O avião treme para caramba e a cada turbulência rolam altas chacoalhadas.

Enquanto o avião subia, só conseguia pensar: "Que idéia idiota essa de pegar um avião e se jogar lá de cima". E o avião não parava de subir. Por não ter pressurização, a temperatura dentro da cabine ficava tão fria quanto do lado de fora.

E não parava de subir...

Quando atingimos 12 mil pés, o avião estabilizou e diminuiu a velocidade, foi quando soou uma campainha. Era o sinal para abrir a porta. E para minha surpresa, seria eu o primeiro a saltar.

Quando a porta abriu e me pus na borda, olhei para baixo e foi inevitável soltar o grito: "Caralho"!!! 5 segundos depois estava eu em queda livre.

Os 3 primeiros segundos são os mais adrenalizantes. É quando você larga a segurança do avião para se jogar no vazio. Durante esse tempo você ainda sente o poder da gravidade. E você não entende muito bem o que está acontecendo. Depois disso, você estabiliza, a velocidade fica constante e você perde a sensação que está em queda livre. Daí é só aproveitar...

45 segundos depois (ou 7500 pés abaixo) o paraquedas se abre e você começa a flutuar. Fica tudo muito tranquilo mas um pouco desconfortável, já que todo seu peso fica suspenso basicamente pelas pernas. Algumas manobras podem colocar mais emoção (como um curvão onde o paraquedas fica tão de lado que a vela fica na nossa frente), mas no geral é calmo.

O pouso foi sossegado. Sem problemas. Sentado no chão, veio a sensação de gratidão por estar de volta.

Voltamos para a escola de saltos e fomos assistir aos vídeos da Bruna e da Cris. O da Bruna foi feito com a hand-cam, o da Cris foi com cinegrafista. E foi assistindo o da Cris que ocorreu a coisa mais engraçada. Por ter sido o primeiro a saltar, o cinegrafista registrou o momento em que fui para a porta e saltei. Enquanto ficava vidrado com o vídeo, minhas mãos suavam vendo as cenas do meu salto.

E foi assim que comemoramos o aniversário da Cris.

Agora só falta a árvore, o livro e o filho :-)

PS.: Semana que vem começo a postar as fotos e vídeos.

2 comentários:

Adriano Matos disse...

Deve ficar desconfortável também ter um cara nas suas costas, né não? Diga aí...

Grande abraço e bem-vindo, de novo, ao mundo dos vivos. :)

Cris Oliveira disse...

MELHOR COISA QUE JÁ FIZ NA MINHA VIDA!!!

Melhor ainda por que vocês estavão lá : )

Beijos,