sábado, 21 de fevereiro de 2009

À Espera da Donzela

Desfile de escola de samba, trio elétrico, bloco de carnaval... Não vejo a hora de encontrar a donzela de ferro.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Metamorfose

Hoje acordei com vontade de ser emo. Tem gente que acorda com vontade de ser rico, outros acordam querendo estar em um lugar diferente e outros nem acordar querem. Eu acordei querendo ser emo.

Uma tarefa fácil. Bastaria jogar o cabelo cobrindo o rosto, passar um pouco de maquiagem, uns bottons espetados, uma roupa preta justinha e uma carinha de triste.

O primeiro passo era tomar banho para que, com o cabelo molhado, pudesse fazer meu penteado. E assim foi feito. Pena que o resultado durou pouco. Conforme o cabelo secava, voltavam os cachos.

Não haveria de ser nada, uma boa maquiagem salvaria tudo. Uma sombra sob os olhos já seria praticamente tudo que precisava. Depois só mais alguns retoques... só não contava com aquele calor de 40 graus do verão carioca. Com cada pingo de suor que escorria pelo rosto, a mancha preta borrava tudo que eu tinha feito.

Mas não seriam esses pequenos obstáculos que me fariam desistir, afinal estava decidido a ser emo nesse dia. Procurei uns bottons em minhas gavetas. Sabia que haveria pelo menos um perdido nelas. Teria que ser algo moderninho e que contrastasse com minha roupa escura. Mais um fracasso. O único que encontrei foi um preto com escritos em branco dizendo "Paz e Amor". Muito hippie para o estilo que eu queria adotar.

Já estava praticamente desistindo quando me enfiei dentro das minhas roupas pretas. Um pouco sujas, um pouco velhas e também largas. Definitivamente longe do meu objetivo.

Pelo menos a idéia de não conseguir colocar meu plano em ação me entristeceu, ficando mais fácil fazer a cara de abandonado e de pobrezinho.

Só me restava ligar o som e criar um ambiente para aquilo tudo. Quando aperto o play, a voz poderosa de Converdale gritando "Burn..." me atinge em cheio e me recobra a consciência. Volto a meu estado normal e a vida continuou como sempre deveria ter continuado.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Roma

Já posso ouvir os primeiros batuques. Estão afinando a bateria. As cuícas começam a roncar. A felicidade efêmera vem chegando. Vem chegando o carnaval.

É a época da ilusão, do faz de conta. Onde o pobre esquece que é pobre, o excluído, apesar de estar do lado de fora da corda, esquece que é excluído. Os sorrisos banguelas se proliferam pelo país.

O Brasil vira a Roma antiga. O circo se arma.